UTI neonatal é fechada por falta de médicos
UTI Neonatal |
Por determinação da Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Sul, a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal do Hospital de Caridade de Canguçu, no sul do Estado, inaugurada há três meses para ampliar o atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS), teve as portas fechadas. A causa seria o baixo número de profissionais: o local funcionava com quatro médicos, enquanto que a exigência do Estado é de, no mínimo, nove médicos. O último paciente foi transferido no sábado(25). Desde o final de semana a Central Reguladora do Estado não encaminha bebês para o hospital, que, segundo o diretor da instituição, Fernando Gomes, passa por um processo de esterilização. A UTI neonatal dispunha de 10 leitos e nos três meses de funcionamento havia prestado atendimento a 45 bebês. De acordo com Fernando Gomes, a UTI foi inaugurada com apenas dois médicos e chegou a um efetivo de seis profissionais. A dificuldade na recomposição da equipe se deu, segundo ele, em função do período de férias.O local só voltará a funcionar depois que a direção do hospital comprovar a contratação da equipe médica e garantir o cumprimento da contratualização ao governo do Estado. O diretor do Hospital de Caridade de Canguçu não deu prazo para concluir as adequações. A UTI neonatal do Hospital de Caridade de Canguçu ganhou destaque com o drama da funcionária pública de Santa Vitória do Palmar Elisiane San Martin, 34 anos, que precisou esperar por dois dias e fazer uma viagem de mais de 500 quilômetros para dar à luz aos filhos gêmeos, em outubro do ano passado. Com o caso, a deficiência de leitos no Estado veio à tona e despertou para um entrave burocrático de quase nove meses. A UTI neonatal de Canguçu tinha a disponibilidade de 10 leitos e estava pronta para atendimento desde fevereiro de 2011, mas não funcionava porque aguardava a liberação do governo e o credenciamento para o atendimento via SUS.
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