sábado, 3 de março de 2012


Andrade Gutierrez tem relação estreita com o governo federal
Empresa responsável pela obra do Beira-Rio foi a construtora a receber o terceiro maior montante de recursos públicos no ano passado

Responsável por erguer grandes empreendimentos de infraestrutura no país, a Andrade Gutierrez foi a construtora a receber o terceiro maior montante de recursos públicos no ano passado.
Pela execução de obras rodoviárias e ferroviárias do governo federal, a empreiteira engordou o faturamento em R$ 393 milhões.
Em 2011, a construtora recebeu valores referentes à execução de obras como a Ferrovia Norte-Sul, no Nordeste brasileiro, assim como a expansão e melhoria da linha do Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb), no Estado. Conforme o Portal Transparência, que reúne informações de despesas e receitas da União, somente para o transporte ferroviário da Capital o governo federal pagou R$ 5,8 milhões à construtora.
Os gastos da União destinados à Andrade Gutierrez não são de agora, vem aumentando a cada ano. Em 2010, mais de R$ 530 milhões saíram dos cofres da União para obras executadas pela construtora.
— Antigamente as empreiteiras que trabalhavam para o setor público tinham problemas com pagamento. Mas, nos últimos anos, o governo vem honrando os compromissos, o que torna o negócio interessante para as empresas — avalia Eduardo Velho, economista-chefe da Prosper Corretora.
Em 2010, a Andrade Gutierrez fechou com faturamento de R$ 18,186 bilhões e um lucro líquido de R$ 775 milhões. A unidade de Engenharia e Construção da empresa celebrou o melhor resultado em 21 anos, com R$ 6,390 bilhões de receita bruta operacional.
O desempenho foi resultado de contratações grandiosas, como construção de refinarias para a Petrobras, a Ferrovia Norte-Sul, o Brasil Terminais Portuários, a Usina Nuclear Angra 3 e a Hidrelétrica Santo Antônio. Em 2010, a Andrade Gutierrez conquistou a liderança do consórcio construtor da Hidrelétrica de Belo Monte, que será a terceira maior do mundo.
O grupo, nascido em Minas Gerais há 62 anos, atua também nos setores de concessões, telecomunicações, energia e saúde. Nesse período, a carteira soma mais de 650 projetos e operações comerciais em 38 países.

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