Novo remédio diminui danos cerebrais provocados pelo AVC

Pesquisadores criaram um novo tratamento contra as sequelas do AVC
(acidente vascular cerebral) com chances de ser eficiente em humanos.
Quase não há alternativas para enfrentar o problema hoje. Em experimento
com cinomolgos (macacos asiáticos que têm o sistema nervoso muito
parecido com o de humanos), os cientistas tiveram sucesso em reduzir os
danos cerebrais e outras sequelas após os derrames. Os pesquisadores
conseguiram inibir parcialmente a morte de neurônios que normalmente
acontece depois de um problema desse tipo. Para isso, eles injetaram nos
bichos, algum tempo depois da isquemia, um inibidor da proteína PSD-95,
que está ligada à morte de neurônios depois de um AVC. O efeito da
droga foi medido com ressonância magnética. Um dia após o AVC, os
macacos que receberam esse inibidor até uma hora depois do derrame
tiveram perda de tecido cerebral 55% menor do que os que receberam
placebo. Ao se levar em conta os 30 dias subsequentes, a perda foi 70%
menor. O estudo, publicado na última edição da "Nature", também mostrou
que os animais tiveram melhora nas funções cerebrais. Os bichos tratados
com a droga se saíram bem em testes de comportamento e de
desenvolvimento feitos pelos pesquisadores. O AVC isquêmico é causado
pela obstrução das artérias cerebrais. Ele pode lesionar áreas do
cérebro e causar sequelas nos movimentos e em funções como a fala. A
alternativa disponível hoje é o tPA (ativador do plasminogênio
tecidual), que atua desbloqueando os vasos sanguíneos. A droga, porém,
só faz efeito se for ministrada até 90 minutos após a isquemia, o que
limita bastante seu uso, uma vez que boa parte dos pacientes não
consegue recebê-la a tempo.
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