sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015


PF apreende dinheiro e relógios em fundo falso 
de empresa investigada na Lava-Jato
Empresa de Santa Catarina é fornecedora da Petrobras

Notas de real e dólar foram encontradas em fundos falsos
em salas da empresa

A Polícia Federal apreendeu nesta quinta-feira (05.fev.2015), durante a nona fase da operação Lava-Jato, uma grande quantidade de dinheiro e de objetos de valor na sede da Arxo, empresa fornecedora da Petrobrás investigada pela operação Lava-Jato, localizada em Santa Catarina. O diretor financeiro da empresa, Sérgio Marçaneiro, e o sócio-proprietário, Gilson Pereira, foram detidos temporariamente.
Notas de real e dólar foram encontradas em fundos falsos em salas da empresa. Segundo uma testemunha ouvida pela PF que trabalhou na área financeira da Arxo, a empresa pagava propina para obter informações privilegiadas e contratos com a BR Distribuidora e obtinha lucro usando caminhões-tanques e equipamentos para abastecimento de aeronaves.
Em nota, a empresa informou que está colaborando com as investigações e informou que o dinheiro encontrado é usado para pagamentos. “A intenção da empresa é contribuir com o trabalho das autoridades, ajudando-os com todo e qualquer esclarecimento necessário. Durante a operação, todos os serviços da área administrativa da companhia foram suspensos, sendo mantida apenas a produção do parque fabril. Os trabalhos voltam a normalidade [na sexta-feira, 06.fev.2015].”
No balanço parcial da fase chamada “My Way” da operação, a PF informou que, ao todo, foram expedidos um mandado de prisão preventiva, três de prisão temporária, 18 de conduções coercitivas e 40 de busca e apreensão em quatro estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Bahia. Deixaram de ser cumpridos dois mandados no Rio (condução coercitiva e prisão preventiva) e um em Santa Catarina (prisão temporária) porque os acusados não foram encontrados
A PF ainda faz a contagem do dinheiro apreendido. Cerca de 500 relógios de luxo também foram apreendidas, além de documentos.

Relógios de luxo apreendidos pela Polícia Federal durante
nona fase da operação Lava-Jato

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