Exame reprova mais da metade dos novos
médicos em São Paulo
Prova aplicada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado
de São Paulo (Cremesp), obrigatória há três anos para quem deseja obter o
registro no Cremesp e atuar como médico, apontou que, dos 2.891
recém-formados no estado, 55% não atingiram o critério mínimo de
conhecimento para atender pacientes. Entre os oriundos de faculdades
particulares, 65% foram reprovados.
Isso significa que eles acertaram menos de 60% da prova - índice mínimo
para aprovação. A prova foi realizada em outubro do ano passado. Apesar
de obrigatória, a avaliação não impede a obtenção do registro para
exercer a profissão.
Preocupados com este cenário, os representantes do Cremesp avaliam
medidas para exigir melhor preparo dos profissionais. Uma delas é
obrigar que o reprovado no exame retorne depois de um ano ao órgão e
comprove residência médica na área de atuação.
No exame de 2013, a reprovação ficou em 59,2%. Em 2012, 54%. Na prova de
2013, a reprovação para formados em instituições privadas chegou a 71%.
Para o coordenador do exame, o resultado é decepcionante.
- O conselho não pode impedir que um indivíduo incompetente exerça a
medicina. É a lei no país. Mas esperávamos que eles acertassem 60% da
prova. Os conhecimentos nas áreas mais importantes para o
desenvolvimento do médico jovem - clínica médica, cirúrgica e pediatria -
deixaram a desejar - afirma o coordenador do exame, Braulio Luna Filho.
As piores médias de acertos obtidas foram em clínica médica (52,1%),
pediatria (55,9%), clínica cirúrgica (57,2%) e saúde pública (57,4%).
A maior parte desses recém-formados trabalha em prontos-socorros, segundo o Cremesp.
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