Geração de empregos em 2014 é a menor na era PT
Com demissões da indústria e na construção, mercado de trabalho
tem pior ano de geração de emprego desde 2002.
Economia não tem mais fôlego para manter um ritmo aquecido de geração de emprego.
Economia não tem mais fôlego para manter um ritmo aquecido de geração de emprego.
O mercado de trabalho brasileiro teve em 2014 o pior ano de criação de
vagas formais nos anos de PT no comando do Palácio do Planalto, iniciado
em 2003 com a posse de Luiz Inácio Lula de Silva.
Refletindo a desaceleração da economia, as contratações de trabalhadores
com carteira assinada superaram as demissões em 396,9 mil vagas, um
terço do dado de 2013 e o pior resultado desde 2002, o início da atual
série histórica.
Os dados são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
As demissões na indústria e na construção civil foram as principais
responsáveis pelo fraco desempenho do mercado de trabalho em 2014.
Em sua última previsão, em meados de dezembro, o governo esperava fechar 2014 com 700 mil vagas de trabalho criadas no ano.
No entanto, as demissões do último mês de 2014, que tradicionalmente é
marcado pelo fechamento de postos criados para atender a demanda de fim
de ano, excederam o esperado -- foram 555,5 mil vagas fechados.
Foi o pior dezembro desde 2008, quando foram fechadas 654,9 mil vagas extintas.
O ministro Manoel Dias (Trabalho) afirmou que o mercado de trabalho, com
índice de desemprego baixo, não tem mais fôlego para manter um ritmo
aquecido de geração de emprego.
Com as incertezas da economia no ano passado, com Copa do Mundo, eleição
e a Operação Lava Jato, muita gente adiou investimentos, o que teve
impacto na geração de empregos, afirmou.
Dias não fez previsões para 2015. Afirmou que será preciso acompanhar os
impactos dos ajustes fiscais que estão sendo adotados pelo governo para
arrumar as contas públicas. Mesmo assim, ele afirma que haverá aumento
no emprego formal neste ano.
SETORES
Os setores que sustentaram a criação de vagas em 2014 foram os de serviços (476,1 mil postos) e comércio (108,8 mil postos).
Na indústria, 163,8 mil vagas foram fechadas em 2014. No ano anterior, a
indústria havia ampliado em 122,8 mil vagas força de trabalho.
O setor de material de transporte, afetado pela crise global e pela
retração na demanda de importantes compradores, como Argentina,
registrou a maior perda, com 41,4 mil postos fechados.
As indústrias metalúrgica e mecânica, que compõem a cadeia
automobilística, demitiram 29,9 mil e 18,5 mil trabalhadores,
respectivamente.
A indústria automotiva teve queda de 15% na produção em 2014,
consequência dos problemas da economia brasileira, com aperto do
crédito, e da crise argentina.
TAXA DE DESEMPREGO
Apesar da menor geração de vagas no ano, a taxa de desemprego de
novembro (dado mais recente de seis regiões metropolitanas) permaneceu
baixa: 4,8%.
A expectativa de analistas, porém, é que ela suba neste ano, chegando a 6%, refletindo o PIB fraco.
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