sexta-feira, 30 de janeiro de 2015


Exame reprova mais da metade dos novos 
médicos em São Paulo


Prova aplicada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), obrigatória há três anos para quem deseja obter o registro no Cremesp e atuar como médico, apontou que, dos 2.891 recém-formados no estado, 55% não atingiram o critério mínimo de conhecimento para atender pacientes. Entre os oriundos de faculdades particulares, 65% foram reprovados.
Isso significa que eles acertaram menos de 60% da prova - índice mínimo para aprovação. A prova foi realizada em outubro do ano passado. Apesar de obrigatória, a avaliação não impede a obtenção do registro para exercer a profissão.
Preocupados com este cenário, os representantes do Cremesp avaliam medidas para exigir melhor preparo dos profissionais. Uma delas é obrigar que o reprovado no exame retorne depois de um ano ao órgão e comprove residência médica na área de atuação.
No exame de 2013, a reprovação ficou em 59,2%. Em 2012, 54%. Na prova de 2013, a reprovação para formados em instituições privadas chegou a 71%. Para o coordenador do exame, o resultado é decepcionante.
- O conselho não pode impedir que um indivíduo incompetente exerça a medicina. É a lei no país. Mas esperávamos que eles acertassem 60% da prova. Os conhecimentos nas áreas mais importantes para o desenvolvimento do médico jovem - clínica médica, cirúrgica e pediatria - deixaram a desejar - afirma o coordenador do exame, Braulio Luna Filho.
As piores médias de acertos obtidas foram em clínica médica (52,1%), pediatria (55,9%), clínica cirúrgica (57,2%) e saúde pública (57,4%).
A maior parte desses recém-formados trabalha em prontos-socorros, segundo o Cremesp.

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