A Lei da Mão Fechada de Sartori
Ela valerá por meio ano. Arrocho
ataca fornecedores e servidores.
Apesar de enxuto, já que tem apenas 8 artigos, o decreto 52.230
assinado pelo governador Sartori para conter gastos do governo
estadual gaúcho é bastante amplo, porque não se limita a suspender por meio
ano os pagamentos de fornecedores. É que também foram suspensos
todos os afastamentos de servidores que tinham programado cursos de
pós-graduação ou participação em eventos, valendo a proibição por
meio ano. Em relação a novas contratações, o que inclui os 650
policiais nomeados por Tarso no apagar do seu governo não serão
contratados antes da virada do meio do ano.
Na área de pessoal, o decreto é bastante duro. Segundo o decreto,
ficam suspensas na Administração Direta e Indireta, nas autarquias e
nas fundações, por seis meses (artigo 2º):
I – abertura de concurso público ou de processo seletivo;
II – criação de cargos;
III – criação, alteração ou reestruturação de quadro de pessoal;
IV – criação de novas gratificações ou alteração daquelas já existentes;
V – nomeação para cargos de provimento efetivo;
VI – contratação de pessoal;
VII – contratação temporária, nos termos do artigo 19, incisvo IV, da Constituição Estadual;
VIII – remoções com ajuda de custo;
IX – promoções ou progressões nos quadros de pessoal.
Só serão admitidas horas extras em casos excepcionais e ainda assim
limitadas a 60% do que foi pago em algum período do ano passado.
Durante meio ano, ficam suspensos os seguintes gastos em geral e com
fornecedores:
- Diárias para fora do Estado e compra de passagens aéreas
- Contratação e renovação de contratos com consultorias
- Nada de convênios que exijam desembolsos do Estado
- Proibição de contratos de aluguéis de imóveis e equipamentos
- Compra de material permanente, obras e instalações de valor superior a R$ 3 mil
- Despesas de exercícios anteriores
O secretário da Fazenda e o chefe da Casa Civil poderão abrir
excepcionalidades em casos previstos no próprio decreto. Instruções
complementares serão editadas pelo secretário Giovani Feltes.
O governo espera economizar e adiar gastos calculados grosseiramente
em R$ 700 milhões, mas não há cálculo exato.
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