sexta-feira, 24 de agosto de 2018



Prévia da inflação oficial indica desaceleração de preços em agosto, aponta IBGE






O índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do País, desacelerou de 0,64% em julho para 0,13% em agosto, conforme divulgado na quinta-feira (23.ago.2018) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o IBGE, esta é a menor taxa do IPCA-15 para um mês de agosto desde 2010, quando ficou em -0,05%. No acumulado do ano, a variação foi de 3,14%. Já o acumulado dos últimos 12 meses ficou em 4,30%, abaixo dos 4,53% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Para o cálculo do IPCA-15, o IBGE mediu a variação dos preços no período de 13 de junho a 13 de julho. O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica do levantamento.

O IBGE destacou que os preços dos alimentos, grupo de consumo que responde por cerca de 1/4 das despesas das famílias, desacelerou de 0,61% em julho para 0,03% em agosto. Dentre os produtos que tiveram altas nos preços em agosto, destacam-se o leite longa vida (3,58%), o arroz (2,11%) e o pão francês (1,34%). Já a alimentação fora do domicílio acelerou de 0,38% em julho para 0,84% em agosto. As principais altas foram para o lanche (1,63%) e a refeição (0,67%).

Em meio à recuperação lenta da economia e demanda fraca, a previsão dos analistas do mercado financeiro aponta para uma inflação de 4,15% em 2018, conforme a última pesquisa Focus do Banco Central (BC). A meta de inflação que o Banco Central precisa perseguir neste ano terá sido cumprida se o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficar entre 3% e 6%. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).




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