quinta-feira, 23 de agosto de 2018



DISPARADA DO DÓLAR SINALIZA CAIXA 2 NAS ELEIÇÕES



Dólar alto pode ser indício de caixa 2


A disparada do dólar às vésperas da campanha eleitoral tem sido apontada, por alguns especialistas, como indício da formação de “caixa 2” de candidatos, apesar do Fundão Eleitoral público de R$1,7 bilhão à disposição dos partidos. A corrida para comprar dólares pode ter sido provocada pelas incertezas políticas e pela pressão para abastecer as campanhas. Estocar dólares é um dos meios comumente utilizados, às vésperas das eleições, para entregar dinheiro vivo aos candidatos.
A alta do dólar, esta semana, é a maior de véspera de eleição dos últimos 12 anos, segundo a Anbima, entidade do mercados financeiro.
As eleições de 2006, 2010 e 2014, nos governos do PT, os “caixa 2” foram abastecidos predominantemente em reais, na era pré-Lava Jato.
As empresas mais pressionadas a financiar campanhas são aquelas que têm contratos com os governos estaduais e federal.

NO LADO OFICIAL — Pelo sexto pregão consecutivo, o dólar fechou na quarta-feira (22.ago.2018) em alta no valor de R$ 4,0559 na venda, maior nível desde 16 de fevereiro passado. Já o dólar turismo, vendido ao consumidor final, terminou o dia cotado a R$ 4,22. Na terça-feira (21.ago.2018), a moeda norte-americana encerrou o dia ultrapassando os R$ 4, pela primeira vez desde fevereiro de 2016.
Nas casas de câmbio, a moeda chegou a ser negociada acima dos R$ 4,50, já considerando o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF). Em espécie, a cotação girou entre R$ 4,25 e R$ 4,29.
Para analistas econômicos, o mercado financeiro reage às incertezas do cenário político e às indicações de aumento dos juros pelo Banco Central dos Estados Unidos, influenciando um movimento no fluxo de capital nas demais bolsas de valores.
O Banco Central brasileiro segue com a política tradicional de swaps cambiais, sem leilões extraordinários de venda futura do dólar, medida adotada nos meses passados para conter a alta da moeda.
O sexto pregão seguido em alta representa um aumento acumulado de 4,89% da moeda norte-americana.
O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou o pregão de quarta-feira (22.ago.2018) descolado da alta do dólar ficando em alta de 2,29%, com 76.902 pontos.
A recuperação da Bovespa foi alavancada pela valorização das ações das principais empresas, como os papéis da Petrobras, encerrando com alta de 3,56%; a Vale, com valorização de 3,03%; o Bradesco, subindo 2,46%; e Itaú, com aumento de 2,38%.




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