terça-feira, 17 de março de 2015


Corte no Fies


Desde dezembro, a União tem adotado medidas para restringir o Fies, que cresceu de 76 mil alunos no país para 1,9 milhão em quatro anos.
No programa, o governo banca as mensalidades em faculdades particulares; apenas depois de formado o aluno paga a dívida, corrigida por juros abaixo do mercado.
A presidente Dilma (PT) disse na segunda-feira (16.mar.2015) que a restrição foi feita porque o governo quer controlar a distribuição dos financiamentos, que estava nas mãos das próprias faculdades.
Além disso, o Ministério da Educação já havia dito que queria priorizar cursos mais bem avaliados e prioritários, mas reconheceu que parte da restrição ocorreu devido a problemas orçamentários.
Alguns dos novos critérios não foram anunciados oficialmente. Segundo as faculdades, o governo permite reajuste máximo de 6,4% nas mensalidades para 2015 (inflação do país do ano passado) e libera apenas o equivalente a 30% dos financiamentos iniciados no ano passado.
Nenhuma das duas exigências consta em portaria. Sem saber exatamente o critério para concessão, estudantes têm passado horas no computador ou em filas nas faculdades para obterem o Fies. Muitos sem sucesso.
"O planejamento foi feito considerando Fies em pleno andamento. O próprio governo incentivava isso até o ano passado", disse Rodrigo Capelato - diretor do Semesp (sindicato das faculdades particulares de São Paulo).
O Fies foi uma das bandeiras de Dilma na campanha em 2014.



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