Exportação de café aumenta em 30%
Após um período de baixa, o setor do café começou a mostrar sinais de
recuperação. As exportações cresceram 30,4% em agosto na comparação do
mesmo mês de 2017. Segundo balanço do Conselho dos Exportadores de Café
do Brasil (Cecafé), 3,4 milhões de sacas foram vendidas para o exterior.
As receitas em agosto chegaram a US$ 470,6 milhões, uma alta de 10% em
relação ao mesmo mês do ano passado.
O crescimento das exportações representa, segundo o diretor-geral da
Cecafé, Marcos Matos, o início de uma safra melhor do que a dos últimos
anos. De acordo com ele, a safra começa oficialmente em julho, mas
grande parte do café já foi colhida e está agora sendo embarcada. Os
resultados mostram, por exemplo, a recuperação das plantações do café
tipo conillon. “Nós tivemos também o conillon sentindo as consequências
do déficit hídrico dos últimos anos”, destacou Matos sobre um dos
problemas que o setor enfrenta desde 2015.
Expectativa de crescimento — Na avaliação do diretor-geral, na safra
2018/2018, o Brasil deve confirmar as previsões da Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab). A estimativa aponta que a safra corrente pode
alcançar as 58 milhões de sacas, o que representaria um crescimento de
30,1% em relação às 45 milhões de sacas da colheita anterior.
Matos acredita que, em 2018, as vendas para o exterior fiquem no patamar
de 34 milhões de sacas. No ano passado, foram exportados 31 milhões de
sacas. Para Matos, esse aumento é importante para o Brasil manter a
fatia que tem no mercado global, de 32,5% das vendas globais, sendo o
maior exportador mundial. “Para nós mantermos o nosso market share nós
temos que crescer”, enfatizou.
De acordo com ele, a demanda mundial cresce a um ritmo de 2,2% ao ano. A
produção brasileira é vendida para cerca de 130 países. Os Estados
Unidos são o principal comprador — de janeiro a agosto foram o destino
de 17,5% das exportações, seguidos pela Alemanha (15,3%) e pela Itália
(9,3%).
Preços mais baixos — No acumulado até agosto, as exportações brasileiras
totalizaram 20,5 milhões de sacas, uma alta de 4,5% em comparação com o
mesmo período do ano passado. No entanto, devido à queda do preço do
produto, as receitas tiveram uma queda de 7,5%, ficando em US$ 3,1
bilhões.
Em agosto, o preço médio da saca ficou em US$ 138,2, uma queda de 15,6%
em relação aos US$ 163,8 negociados no mesmo período de 2017.
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