Adélio Bispo de Oliveira: um desempregado [???] com duas contas bancárias e um cartão de crédito internacional
Adélio Bispo de Oliveira, durante audiência de custódia |
Quem tenta assassinar um candidato a presidente da República, da forma
como o fez “o ex-pedreiro” Adélio Bispo de Oliveira em Juiz de Fora,
Minas Gerais, é um louco, mentalmente desequilibrado a julgar pelas
mensagens confusas que costumava postar em sua página no Facebook, à
procura de fama instantânea.
Mas pode também não ser só isso. O agressor do presidenciável Jair
Bolsonaro (PSL) pode ter estado a serviço de quem desejava tirar
Bolsonaro do páreo presidencial ou simplesmente implodir o processo
eleitoral brasileiro, sabe-se lá por que e com qual objetivo. É o que
precisa e deve ser investigado também.
A princípio, dava-se como certo que Bispo agira por sua própria conta e
risco, sem ajuda de ninguém. O ministro Raul Jungmann, da Segurança
Pública, até falou em ação de “um lobo solitário”. Mas surgiram
evidências para reforçar a suspeita de que Bispo obedeceu a ordens de um
desconhecido, ou de mais de um.
Bispo treinou tiro ao alvo em um clube frequentado por filhos de
Bolsonaro. Bispo pagou adiantada sua hospedagem por 15 dias em uma
pensão de Juiz de Fora. Bispo tinha um laptop novo. Bispo usou
computadores de uma lan house por mais de uma semana antes de dar a
facada no candidato.
E aqui vem a parte mais interessante da história: o sujeito que passara
por 12 empregos em sete anos e estava desempregado, possuía um cartão de
crédito internacional do Itaú, dois cartões da Caixa Econômica Federal
(um de conta corrente e outro de conta poupança), além de extratos dos
dois bancos em nome dele.
A quem interessava matar ou apenas ferir Bolsonaro — e por quê? O que esperava ganhar com isso?
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