“No Brasil, empresário que declara voto pode ser perseguido”
Benjamin Steinbruch, presidente da Fiesp e da CSN, diz não ter intenção
de revelar em quem votará para presidente. Para ele, os empresários no
Brasil podem sofrer perseguição "de toda ordem" se declararem
abertamente em quem vão votar.
Nas últimas semanas, Benjamin Steinbruch demonstrou em entrevistas e
conversas privadas simpatia pela candidata a presidente pelo PSB, Marina
Silva. Agora, resolveu modular essa interpretação. "Meu voto é a favor
das mudanças", afirma.
"Não sei em quem vou votar ainda. Posso até 'dilmar'. Desde que atendidas algumas mudanças".
Benjamin tem negócios imbricados com o governo federal. Por exemplo, a
concessão para construção e operação da ferrovia Transnordestina, obra
com 1.750 km de extensão.
O recuo retórico de Benjamin ocorre depois de ele ter começado a falar
de maneira mais explícita sobre eventuais qualidades de Marina Silva. Na
semana passada, o Palácio do Planalto enviou recados ao empresário,
dizendo que a presidente da República estava desapontada com suas
declarações.
Por algum momento, o governo cogitou transferir para Brasília um evento
com empresários que estava marcado para a sede da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (na segunda-feira - 29.set.2014, às
10 horas). Passado um mal-estar inicial, o encontro foi mantido, tendo
Benjamin Steinbruch como um dos anfitriões.
Quem é Benjamin Steinbruch?
Íntegra da entrevista com Benjamin Steinbruch
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