Para ‘New York Times’, EUA continuam a espionar Dilma
Programa de monitoramento segue operante no Brasil, diz jornal
Obama ordenou fim de grampo sobre Angela Merkel, da Alemanha
Obama ordenou fim de grampo sobre Angela Merkel, da Alemanha
Instalações do armazenamento de dados da Agência Nacional de Segurança (NSA) em Bluffdale, Utah, EUA, foi concluído no ano passado, ocupa uma área de cerca de 250 hectares. |
A presidente Dilma Rousseff “aparentemente” continua sendo espionada
pela NSA (Agência de Segurança dos EUA), segundo reportagem publicada na
terça-feira (03.fev.2015) pelo jornal “New York Times”.
O jornal norte-americano registra que dezenas de líderes mundiais sob
monitoramento da NSA foram excluídos do programa de espionagem depois
que a prática veio a público, em 2013. Em sinal de deferência, o
presidente dos EUA, Barack Obama, chegou a determinar publicamente o fim
do grampo sobre a chanceler Angela Merkel, da Alemanha.
A ordem, no entanto, não abrangeu todos os presidentes espionados.
“Aparentemente programas [de monitoramento de líderes] no México e no
Brasil continuaram”, escreveu o “NYT”.
ITAMARATY
Às 17h53 de 3.fev.2015, o Itamaraty enviou uma mensagem. Embora a
pergunta ao Ministério das Relações Exteriores tivesse sido bem direta,
para que fosse comentada a notícia do “NYT”, a resposta veio genérica e
anódina. Eis o texto:
“O Brasil lamenta e repudia todos os episódios de espionagem não-autorizada de autoridades estrangeiras por órgãos de inteligência. O Brasil tem procurado atuar, no sistema multilateral, no sentido de estimular o respeito à privacidade nos meios digitais. Nesse sentido, apoiamos e sediamos a Reunião Multissetorial Global sobre o Futuro da Governança da Internet – a NETmundial – em São Paulo, em abril deste ano. Também foram aprovadas resoluções, copatrocinadas pelo Brasil, na Assembleia-Geral da ONU, demonstrando o reconhecimento da importância do tema pela comunidade internacional”.
“Assessoria de Imprensa do Gabinete – Ministério das Relações Exteriores”
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