Como lidar com crise
Desemprego, inflação, inadimplência e recessão. O cidadão comum deve
redobrar o cuidado neste ano para não descontrolar as contas,
descapitalizar-se ou ficar com o nome sujo na praça.
Quem teme ficar desempregado, por exemplo, deve montar uma reserva de
emergência que dê para manter os principais gastos por pelo menos seis
meses. Esse é o tempo que uma pessoa levava para se recolocar no mercado
de trabalho em 2014, segundo pesquisa da Catho.
Diante da perspectiva de piora no emprego, a pessoa deve estender esse
"colchão" para mais tempo, inclusive para não ser obrigada a aceitar a
primeira proposta de trabalho que aparecer.
"Diria que é melhor ter recursos entre oito a dez meses por causa da
estagnação da economia", afirma Aquiles Mosca, do Santander.
Thiago Alvarez, do site de finanças pessoais GuiaBolso, sugere que esse
dinheiro fique em uma aplicação de baixo risco e que permita o resgate
sempre que for preciso.
Em especial ele recomenda aplicações seguem os juros pós-fixados ou mesmo a Selic (taxa básica de juros).
"Pode ser um CDB [Certificado de Depósito Bancário] ou LCI [Letra de
Crédito Imobiliário] e LCA [Letra de Crédito do Agronegócio], desde que
tenham prazo de resgate próximo", disse.
O investidor também pode deixar o dinheiro na poupança, mas, como ela
está perdendo para a inflação, isso significa abrir mão do poder de
compra – o segundo fantasma que ronda a economia.
SEM DESPERDÍCIO
Diante do aumento de preços acima do salário e da poupança, o jeito é
cortar excessos e desperdícios. "É a velha receita de anotar tudo o que
se gasta e saber para onde está indo o dinheiro. Deve-se avaliar, por
exemplo, se vale a pena ter um automóvel ou usar transporte público",
disse Amerson Magalhães, diretor da Easynvest.
Para quem deixa o dinheiro na poupança, chegou a hora de rever a
escolha. "Só vale a pena se for deixar o dinheiro por pouco tempo,
quando se paga a maior taxa de IR [em outras aplicações]. Ou se o valor
for muito baixo para conseguir aplicar em outro investimento, com custo
menor", disse o planejador financeiro Valter Police.
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