quinta-feira, 11 de dezembro de 2014


Presidente de empresa pública é condenado à morte por corrupção na China

Um tribunal chinês condenou à pena de morte o diretor de uma empresa
 pública por corrupção em larga escala, depois da apropriação ilegal
de quase 400 milhões de iuanes (64,8 milhões de dólares)

A justiça chinesa condenou à morte o ex-presidente de uma grande empresa pública, acusado de ter embolsado 53 milhões de euros, informou a imprensa oficial, uma sentença pouco comum para alguém de seu nível social.
Na última quarta-feira, um tribunal do Cantão (sul da China) declarou Zhang Xinhua, ex-presidente-executivo do conglomerado Baiyun Industrial and Agricultural Corp., culpado por ter recebido subornos e desviado dinheiro público, noticiou a agência oficial chinesa Xinhua.
Desde 2003, Zhang desviava ativos do grupo em um montante de mais de 280 milhões de iuanes (36,8 milhões de euros), e teria embolsado subornos de 95 milhões de iuanes (12,5 milhões de euros) em troca de favores.
O caso do executivo foi agravado pelo fato de o acusado ter negado seus delitos, afirmou uma autoridade judicial à imprensa oficial chinesa.
O condenado recorreu à sentença, mas há poucas chances de reverter a decisão do sistema judicial, que se submete à vontade política do governo.
A campanha anticorrupção empreendida pelo presidente chinês Xi Jinping para corrigir o aparato do Partido Comunista comprometeu os altos escalões do funcionalismo público e muitos funcionários.
O Partido Comunista realiza uma ampla campanha de combate à corrupção em todo o país desde que o presidente Xi Jinping chegou ao poder, há dois anos.
A China executa mais condenados por ano que todo o restante do mundo, segundo grupos defesa dos direitos civis, mas é muito raro que uma pena tão severa (à pena de morte) seja anunciada para um caso de corrupção de um alto dirigente chinês.
A condenação à morte de Zhang Xinhua foi anunciada no mesmo dia em que ficou conhecida a decisão sobre Liu Tienan, ex-diretor da Comissão Nacional para a Reforma e o Desenvolvimento (NDRC). Com o posto de vice-ministro - situado muito mais acima na hierarquia do que Zhang -, Liu Tienan foi condenado à prisão perpétua por ter recebido ilegalmente o equivalente a 4,5 milhões de euros.

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