domingo, 8 de março de 2020

Prisão de Ronaldinho Gaúcho e Assis pode durar seis meses



Prisão paraguaia onde estão Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Assis


Em audiência que começou pela manhã e durou mais de seis horas no sábado (07.mar.2020), a Justiça do Paraguai decidiu por manter Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Assis, presos pelo uso de documentos falsos. A ordem de prisão preventiva foi dada pela juíza Clara Ruíz Díaz. Ambos seguirão em reclusão na Agrupación Especializada da Polícia Nacional do Paraguai, em Assunção. A prisão preventiva pode durar até seis meses.
O promotor Osmar Legal pediu a manutenção da prisão preventiva dos brasileiros alegando "risco de fuga e que o Brasil não extradita seus cidadãos". Por outro lado, a defesa alegou que o empresário Assis tem um problema no coração e precisa de cuidados médicos (não apresentaram exames ou atestados exigidos pela lei paraguaia) e tentou, sem sucesso, transformar o caso em prisão domiciliar.
Osmar Legal também pediu a prisão preventiva da empresária Dalia López, responsável pela ida de Ronaldinho ao Paraguai. Dalia é investigada desde setembro pelo Ministério de Tributação do país, equivalente à Receita Federal no Brasil. A paraguaia é suspeita de desvios de até 10 milhões de dólares. O órgão acredita que ela tenha usado a visita do ex-jogador para lavar dinheiro.

Advogado de Ronaldinho considera decisão "arbitrária" — Um dos advogados que representa Ronaldinho e Assis, Tarek Tuma Marín, classificou de "irracional, arbitrária e leviana" a decisão da juíza. Ele garantiu que seus clientes "não cometeram qualquer crime contra a República do Paraguai" e que irá recorrer imediatamente.
Ainda segundo Tuma, a juíza violou o código penal e a Constituição paraguaia. Ele argumenta que o sistema paraguaio permite dar uma saída se a pessoa reconhece que o documento usado não é válido.
O advogado lembrou também que o primeiro promotor responsável pelo caso, Federico Delfino, havia decidido liberar Ronaldinho e seu irmão. A Procuradora-Geral do Estado, Sandra Quiñonez, ordenou a substituição dos promotores do caso, que recomendavam a liberdade dos brasileiros.
O novo representante do Ministério Público no processo, Osmar Legal, ordenou a captura de ambos e seu encaminhamento para a sede do Grupamento Especializado.



Ronaldinho Gaucho, Assis e advogados conversam com o promotor Federico Delfino, à direita,
em seu escritório, no Paraguai





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