segunda-feira, 10 de novembro de 2014


Em 11 dias, terceira mulher é flagrada pelada na capital gaúcha Porto Alegre

Mulher desconhecida é flagrada correndo pelada em rua de Porto Alegre;
este é o 3º caso em 11 dias

Um par de tênis, óculos de sol e um boné foi tudo o que uma mulher usou para correr pelas ruas de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul na manhã de domingo (09.nov.2014). Ela foi a terceira nua flagrada na cidade em apenas 11 dias.
De acordo com o fotógrafo que fez o registro, a loira desconhecida corria pelada a poucos metros do Palácio Piratini, sede do governo gaúcho.
Policiais que trabalham na região disseram que o caso chegou a ser informado, mas a mulher não foi encontrada.

No dia 30 de outubro, uma mulher foi presa após correr nua no parque Moinhos de Vento, conhecido como "Parcão". De acordo com o jornal "Zero Hora", a mulher é brasileira e tem 30 anos. Por volta das 11h, ela começou a se despir e deixou os tênis, as roupas e as peças íntimas embaixo de um banco. Depois, continuou correndo.
Segundo a publicação, a mulher relutou em se vestir ao ser abordada pela polícia. Cinco policiais participaram da apreensão da moça, que foi levada a uma delegacia da capital gaúcha.

Mulher corre nua em parque de Porto Alegre
antes de ser detida pela polícia

Cinco policiais participam da ação para levar mulher
à delegacia de Porto Alegre

Na última quinta-feira (06.nov.2014), uma mulher saiu caminhando pelada na rua, debaixo de chuva, também em Porto Alegre. A atitude foi filmada por várias pessoas que passavam pelo local.
Ao repórter da RBS, que também registrou o flagrante, a mulher se identificou como Betina e disse que estava fazendo um "desabafo".
"Eu não estou sem roupa, estou natural. O que não é natural é a gente não ter saúde. O que não é natural é uma atleta se tornar prostituta para sobreviver. O que não é natural é uma prostituta que devia ser rica virar sem-teto", disse a mulher, que também avisou que era lutadora de MMA (artes marciais mistas).


Departamento de Justiça dos EUA abre investigação sobre Petrobras

O Departamento de Justiça Americano abriu uma investigação criminal sobre a Petrobras para identificar se houve pagamento de propina para funcionários da empresa, segundo o jornal "Financial Times".
A SEC (Securities Exchange Commission, órgão regulador do mercado de capitais americano) também está investigando, de acordo com o jornal.
As autoridades americanas querem saber se a Petrobras ou algum de seus empregados, intermediários ou contratados, violaram a FCPA (Foreign Corrupt Practices Act), lei americana de combate à corrupção praticada no exterior por empresas americanas ou que negociam ações nas bolsas de valores dos Estados Unidos. A petrolífera negocia títulos na NYSE (Bolsa de Nova York).
A lei torna ilegal subornar oficiais estrangeiros para ganhar ou reter negócios.
O Departamento de Justiça e a SEC não quiseram comentar, segundo o jornal. A Petrobras não respondeu.
No Brasil, a empresa é alvo de denúncias sobre um suposto esquema de corrupção, feitas pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Yousseff, nas investigações decorrentes da Operação Lava Jato. A estatal está sendo investigada pela Polícia Federal e é tema de duas CPIs (Comissão Parlamentar de Inquérito).

INVESTIGAÇÃO NOS EUA
De acordo com o FT, a lei americana anticorrupção não se aplica a oficiais do governo que recebem supostos subornos, mas, nos últimos anos, o Departamento de Justiça dos EUA têm procurado punir funcionários de forma mais agressiva, usando legislação sobre lavagem de dinheiro e outras.
Advogados ouvidos pelo "Financial Times" dizem que os americanos devem se concentrar na contabilidade da empresa e em controles internos.
A FCPA inclui responsabilidade civil e criminal, se ficar provado que uma pessoa falsificou contas ou registros de uma empresa, ou evadiu controles internos.
Segundo o jornal, as instituições têm intensificado a aplicação da lei e abriram mais de vinte investigações contra empresas no ano passado.
Em setembro, o Ministério Público Federal abriu ação criminal contra oito funcionários da Embraer acusados de pagar propina a membros do governo da República Dominicana em troca da assinatura de um contrato de US$ 92 milhões, segundo o jornal "The Wall Street Journal".
De acordo com a reportagem, executivos da companhia pagaram US$ 3,5 milhões para que um coronel aposentado da Força Aérea Dominicana pressionasse autoridades do país a aprovar o contrato de compra de oito aviões Super Tucanos, produzidos pela Embraer.
A denúncia criminal foi fruto de trabalho conjunto com o Departamento de Justiça norte-americano e a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA.

HISTÓRICO
Paulo Roberto Costa e Alberto Yousseff foram presos em março, nas primeiras ações policiais da Lava Lato, que começou investigando um esquema, capitaneado pelo doleiro, de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Costa era investigado, e acabou preso por ter tentado destruir provas na mesma época em que Youssef foi detido.
A partir de Costa, Polícia Federal e Ministério Público começaram a debruçar-se sobre o esquema de corrupção na Petrobras, tendo como alvo principal a construção da refinaria de Abreu e Lima.
Depois de meses presos, os dois acabaram assinando acordo de delação premiada para tentar reduzir suas penas.
Em depoimentos à Polícia Federal e ao Ministério Público, dentro do acordo de delação premiada, e à Justiça Federal, como parte das ações penais decorrentes da Operação Lava Jato, Costa e Youssef afirmaram ter existido um esquema de corrupção na Petrobras que abastecia partidos políticos.
Costa disse à Justiça que o esquema abastecia o PT, PP, PMDB. A Folha apurou que, nos depoimentos da delação premiada, protegidos por sigilo, Costa também citou o PSDB.
O esquema conta, de acordo com os depoimentos dos delatores, com a participação de empreiteiras, que atuariam em cartel para dividir e definir os "vencedores" dos diversos contratos da Petrobras.
Segundo Costa, eram cobrados 3% a mais sobre cada contrato, que seriam distribuídos aos "agentes políticos" e a funcionários da empresa que dele participavam.
Empreiteiras, partidos e diretores da Petrobras citados negam as acusações. Um deles, Renato Duque, está processando Costa por calúnia e difamação.


Empresa afirma que pagou comissões para executivos

Dois executivos da Camargo Corrêa usaram as empresas de suas mulheres para receber comissões de uma fornecedora da empreiteira, segundo o dono da companhia Sanko, que fez os repasses dos valores. Os depósitos foram descobertos na Operação Lava Jato, que investiga o esquema de desvios na Petrobras.
As empresas das esposas do vice-presidente da empreiteira, Eduardo Leite, e do diretor de Óleo e Gás, Paulo Augusto Santos da Silva, receberam R$ 1 milhão cada uma da Sanko em 2013, segundo extratos bancários obtidos nas apurações da Polícia Federal e do Ministério Público.
A Sanko é fornecedora de tubos e fez negócios com o Consórcio Nacional Camargo Corrêa (CNCC) nas obras da refinaria Abreu e Lima da Petrobras, em Pernambuco.
Detalhes sobre a transação entre a Sanko e os executivos da Camargo Corrêa foram apresentados por um dos donos da Sanko, Márcio Bonilho, ao ser interrogado pela Justiça Federal em 20 de outubro, em uma das ações penais da Operação Lava Jato.

A refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, maior obra
executada pela Petrobras no país

REÚS
Bonilho e o outro sócio da Sanko, Murilo Tena Barrios, são réus numa ação em que a Sanko é acusada de repassar propina a políticos e funcionários públicos, dentro do esquema operado pelo doleiro Alberto Youssef e pelo ex-diretor de abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa.
A Sanko e a Camargo Corrêa negam ter praticado irregularidades. Os advogados dos executivos afirmam que eles não receberam comissões. Dizem que as empresas das mulheres efetivamente prestaram serviços à Sanko.
Eduardo Leite era o principal contato de Youssef na Camargo, segundo um dos laranjas do operador, o advogado Carlos Alberto Pereira da Costa. O doleiro controlou uma espécie de conta corrente usada pela empreiteira para pagar suborno, segundo o Ministério Público Federal.

PEPINÃO
Em uma das escutas telefônicas da investigação, o doleiro chegou a dizer que havia emprestado R$ 12 milhões à empreiteira: "Tô com um pepinão aqui na Camargo que você nem imagina. Cara me deve 12 paus [R$ 12 milhões], não paga. Pior que diretor é amigo, vice-presidente é amigo", disse Youssef na ligação.

À Justiça Federal o dono da Sanko referiu-se às transferências para as firmas das esposas como "comissões".

Um dos advogados de defesa indagou qual era a relação da Sanko com as empresas que receberam as transferências, Pass Consultoria e Paiva Ribeiro Gerenciamento, Arquitetura e Paisagismo.
Bonilho respondeu que as as firmas eram das mulheres dos executivos da Camargo. Em seguida, explicou que os repasses foram feitos em razão de um desentendimento entre Youssef e os executivos a respeito das comissões. A princípio, os pagamentos aos diretores seriam feitos por meio de empresas do doleiro, segundo o dono da Sanko.
"Quando, no final do negócio, Youssef não repassou as comissões, não houve os repasses, eles pediram que eu pagasse diretamente para eles, e eles colocaram essas notas fiscais [das firmas das mulheres]", disse Bonilho.
O advogado de Bonilho e da Sanko, Luiz Flávio Borges D'Urso, afirma que todos os repasses para as empresas de Youssef e outras tiveram relação com tratativas comerciais e comissões ligadas a produtos e serviços efetivamente fornecidos para as obras da refinaria. Segundo ele, a Sanko não subornou políticos nem funcionários.


OUTRO LADO
Os advogados dos executivos da Camargo Corrêa negam que eles tenham recebido comissões da empresa Sanko. As empresas das mulheres dos executivos foram pagas por serviços efetivamente prestados, afirmam.
O criminalista Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, advogado de Eduardo Leite, afirma que a firma Paiva Ribeiro Gerenciamento, Arquitetura e Paisagismo pertence à esposa e ao cunhado dele, pessoas que possuem qualificação técnica para fornecer serviços à Sanko. "A empresa existe há mais de dez anos, com larga folha de serviços prestados", diz o advogado.
Mariz afirma que "houve uma remuneração pré combinada entre a Paiva Ribeiro e a Sanko, constante de contrato na área de arquitetura e design de interiores, e os serviços foram efetivamente realizados. Não há que se colocar dúvida em relação à legitimidade dessa prestação".
O advogado de Paulo Augusto Santos da Silva, Pierpaolo Bottini, diz que a mulher do executivo da Camargo é engenheira e a empresa dela elaborou um parecer técnico da área para a Sanko.
"O valor foi pago pela Sanko em decorrência de serviços efetivamente prestados", afirma. "Pedimos acesso ao autos para conhecer o contexto das afirmações e temos convicção de que tudo será devidamente esclarecido."
A Camargo Corrêa não fez comentários sobre o pagamento das comissões. Em nota, afirmou que "repudia vazamentos seletivos sem possibilidade de defesa". Afirmou também que "jamais" fez pagamento a Alberto Youssef ou suas empresas.


Jornalismo profissional domina redes sociais

quarta-feira, 5 de novembro de 2014


Brasil condena somente 31% dos réus em casos de corrupção
Estados ainda têm 55,5 mil processos sobre corrupção esperando julgamento
Dados só compreendem ações iniciadas até dezembro de 2012

O combate à corrupção no Brasil acaba de receber um dado estatístico inédito: 31% dos processos sobre corrupção nas Justiças estaduais (casos de improbidade e crimes contra a administração pública) tiveram condenação dos réus em julgamentos realizados de janeiro a julho deste ano de 2014.
Esse dado faz parte de um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que foi divulgado.
A meta da Justiça nos Estados era julgar 86.418 processos de corrupção iniciados até dezembro de 2012. Até julho deste ano, foram julgados 30.911 (ou seja, 36% do total). No universo das 19 unidades da Federação que informaram dados completos, houve 6.107 condenações (31%).
Não há como afirmar se esse percentual de condenações é baixo ou alto por uma simples razão: nunca na história do Poder Judiciário brasileiro essa estatística esteve disponível dessa forma.
É necessário também ressaltar que os dados – embora mais completos do que nunca – continuam precários. Só 19 das 27 unidades da Federação enviaram informações completas ao CNJ.
Quando se observam os locais para os quais há estatísticas disponíveis, já é possível notar quais Justiças estaduais estão melhor ou pior em comparação com a média do país.


86,4 MIL PROCESSOS DE CORRUPÇÃO
Como se observa na tabela acima, o estoque de processos sobre corrupção pendentes nos Tribunais de Justiça estaduais era de 86.418, para casos cuja tramitação teve início até dezembro de 2012.
Essa informação se refere à Justiça de 26 das 27 unidades da Federação – a única exceção é Mato Grosso.
Dos 86.418 processos, 30.911 foram julgados até julho deste ano de 2014. Ou seja, 36% foram analisados. Em agosto restavam ainda, pelo menos, 55.507 processos de corrupção esperando julgamentos nos Estados.
Por que “pelo menos” 55.507 casos? Porque esses são os processos iniciados até dezembro de 2012. De lá para cá não se sabe quantos mais começaram a tramitar.

INFORMATIZAÇÃO ASSIMÉTRICA DA JUSTIÇA
Há muita assimetria na informatização do Judiciário e na disposição dos presidentes das cortes em colaborar com o CNJ. O Tribunal de Justiça de São Paulo ficou fora das estatísticas pois informou somente dados de processos de segunda instância, deixando lacunas sobre o desempenho da primeira instância.
O pior exemplo vem do Tribunal de Justiça do Mato Grosso, que até julho não havia informado nenhum dado ao CNJ.
O conselho esclarece que os tribunais não são obrigados a declarar suas estatísticas, mas há um compromisso assinado por seus respectivos presidentes para que façam isso.
O CNJ compilou os dados a partir de informações prestadas pelos próprios tribunais.
E os dados do Supremo Tribunal Federal (STF), a mais alta Corte de Justiça do país? Não estão disponíveis para o CNJ. Por quê? Porque o STF não está submetido a ninguém e presta contas apenas da forma e quando desejar.


Vídeo mostra como funciona as operações em um paraíso fiscal

O vídeo abaixo mostra exemplos de truques para se fazer a elisão fiscal, que é prática de deixar de pagar impostos usando ao máximo as brechas possíveis que a lei oferece.
Entre os exemplos da animação estão os chamados empréstimos internos, operação em que uma empresa cria estruturas de empréstimos internos.
O vídeo cita Luxemburgo, pequeno paraíso fiscal europeu.
Outro truque exibido é o pagamento de royalties. Nele, uma subsidiária pode assumir o controle do nome da marca da empresa e depois cobrar pelo seu uso no exterior.
Uma simples troca de papéis resulta numa economia de milhões nos impostos pagos.
Não se trata, em princípio, de um crime. Tampouco é algo novo.