Segundo Datafolha: situação da economia vai piorar - para 60% dos pesquisados
O pessimismo dos brasileiros com o futuro próximo da economia do país
aumentou ainda mais e atingiu 60%. É o nível mais alto desde dezembro de
1997, quando a pergunta começou a ser feita pelo Instituto Datafolha.
O percentual superou o recorde de 55%, registrado no início de
fevereiro, de entrevistados que achavam que a situação econômica iria
piorar nos próximos meses.
Essa deterioração é alimentada pelas expectativas ruins com relação a aspectos macroeconômicos.
Com relação ao desemprego, por exemplo, 69% acreditam que tende a
aumentar, embora 61% achem que não correm risco de ser demitidos.
O pessimismo com a inflação também continua alto: 77% acreditam que
aumentará, contra 81% em fevereiro, oscilação no limite da margem de
erro da pesquisa.
Antes deste ano, o recorde havia sido registrado em setembro de 2001, quando 72% previam a alta dos preços.
A sucessão de fatos negativos na economia ajuda a explicar o mau humor.
Desde dezembro, houve aumento de tributos, do preço dos combustíveis e
da energia elétrica, além da desvalorização acentuada e contínua do real
diante do dólar americano.
Tampouco ajudaram o aprofundamento do escândalo da Petrobras e a crise
de água no Sudeste, a região mais populosa e rica do país.
Em pronunciamento à nação no último dia 8, a presidente Dilma Rousseff
pediu "paciência e compreensão" com as dificuldades econômicas, mas
assegurou que "a situação é passageira".
A expectativa com a economia sofreu uma inflexão depois de dezembro. No
último mês de 2014, o número de otimistas com a situação econômica do
país (33%) era um pouco maior do que o percentual de pessimistas (28%).
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