Mundo vive risco de um novo conflito nuclear, diz ‘Economist’
Revista diz que, um quarto de século
depois do fim da Guerra Fria, a disseminação do armamento nuclear torna
os riscos crescentes
A revista britânica The Economist destaca em sua edição desta semana
que, 25 anos depois do fim da Guerra Fria, o mundo está entrando em uma
nova era nuclear e que os riscos de conflito são crescentes. "Embora o
mundo continue a se confortar com o pensamento de que uma destruição em
massa é improvável, o risco que alguém em algum lugar vá usar uma arma
nuclear está crescendo rapidamente", diz a publicação.
De acordo com a revista, hoje há menos armas nucleares do que no pico da
Guerra Fria, mas a possibilidade de que alguma delas seja usada é maior
e crescente porque há mais países, com objetivos particulares, em posse
desses armamentos. Segundo a publicação, essa situação traz
instabilidade.
A revista cita o aumento generalizado dos gastos com arsenal atômico na
Rússia, China, Paquistão e Coreia do Norte."Ao longo da maior parte da
Guerra Fria as duas superpotências - EUA e União Soviética -, ansiosas a
evitar o apocalipse, estavam abertas a tolerar o status quo. Hoje a
situação está mudando sob os pés de todo mundo", afirma.
Em 2009, relembra a Economist, o presidente dos EUA, Barack Obama,
propôs durante discurso em Praga uma cúpula mundial para discutir o
desarmamento nuclear. "Hoje a ambição de Obama parece fantasia", diz o
texto.
"O Paquistão insiste que suas armas são seguras, mas o mundo não pode
ignorar o medo de que elas possam cair nas mãos de terroristas
islâmicos", afirma a Economist. Por outro lado, diz a revista, países
como a Rússia querem armas nucleares como uma ofensiva em sua estratégia
de intimidação.
O texto acrescenta que, assim como no passado, "o passo fundamental em
confrontar a crescente ameaça nuclear é encará-la de frente".
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