Haddad omite valor real de bem à Justiça Eleitoral
O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, informa
na sua declaração de bens ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter um
apartamento no valor de R$ 90 mil. O registro do cartório, contudo,
mostra que ele comprou o imóvel, em 1998, por R$ 120 mil. No mesmo ano,
Haddad adquiriu uma garagem no local por R$ 20 mil, informação que
também omite na declaração entregue ao TSE. O petista diz que o total do
seu patrimônio é de R$ 428,4 mil. O valor é inferior ao que ele
declarou em 2016 na disputa pela Prefeitura de São Paulo, R$ 451,9 mil.
A assessoria de Haddad diz que “a diferença entre o que ele declarou e o
valor pago [pelo apartamento] está na declaração da Ana Estela, sua
esposa”. Os dois, contudo, são casados em comunhão de bens e o registro
de imóvel não diferencia o valor que cada um desembolsou.
O apartamento, onde Haddad mora com a família, tem valor venal de R$
997,9 mil. Ele não é obrigado a atualizar o valor e diz que não vai
fazê-lo. Se isso ocorresse, o patrimônio declarado do candidato do PT
ultrapassaria um milhão de reais.
A campanha de Haddad já arrecadou 22 vezes mais do que a do
presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). Os dois lideram as pesquisas de
intenção de voto. O petista recebeu R$ 28,7 milhões, enquanto o
ex-capitão, R$ 1,3 milhão.
Levando em consideração as despesas já contratadas, Haddad já empenhou
2,7 vezes mais recursos. Bolsonaro gastou R$ 1,2 milhão e o petista, R$
3,3 milhões.
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