Senado aprova impeachment, Dilma perde mandato
e Temer assume, porém, senadores rejeitaram pena de inabilitação da petista para funções públicas
e Temer assume, porém, senadores rejeitaram pena de inabilitação da petista para funções públicas
O plenário do Senado aprovou na quarta-feira (31.ago.2016), por 61 votos
favoráveis e 20 contrários, o impeachment de Dilma Rousseff. A
presidente afastada foi condenada sob a acusação de ter cometido crimes
de responsabilidade fiscal — as chamadas "pedaladas fiscais" no Plano
Safra e os decretos que geraram gastos sem autorização do Congresso
Nacional, mas não foi punida com a inabilitação para funções públicas.
Com isso, ela poderá se candidatar para cargos eletivos e também exercer
outras funções na administração pública.
A decisão de afastar Dilma definitivamente do comando do Palácio do
Planalto foi tomada na primeira votação do julgamento final do processo
de impeachment. A pedido de senadores aliados de Dilma, o presidente do
Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, decidiu
realizar duas votações no plenário.
A primeira, analisou apenas se a petista deveria perder o mandato de presidente da República.
Na sequência, os senadores apreciaram se Dilma devia ficar inelegível
por oito anos a partir de 1º de janeiro de 2019 e impedida de exercer
qualquer função pública.
Na votação, 42 senadores se posicionaram favoravelmente à inabilitação
para funções públicas e 36 contrariamente. Outros 3 senadores se
abstiveram. Para que ela ficasse impedida de exercer cargos públicos,
eram necessários 54 votos favoráveis.
Segundo a assessoria do Supremo, ainda nesta quarta, oficiais de Justiça
notificarão a ex-presidente e o presidente em exercício Michel Temer
sobre o resultado do julgamento.
A posse de Temer na Presidência da República vai ser realizada ainda
nesta quarta-feira (31.ago.2016), às 16 horas, em sessão do Congresso
Nacional que será realizada no plenário do Senado.
Já Dilma deverá desocupar em até 30 dias o Palácio da Alvorada,
residência oficial da Presidência, em Brasília, e terá reduzida para
oito servidores sua equipe de assessores, seguranças e motorista.
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