Juízes têm verba de R$ 5 mil para comprar livros
Os tribunais de Justiça de São Paulo e do Maranhão garantem o pagamento
de um auxílio para que os juízes e desembargadores comprem livros. Em
São Paulo, cada magistrado tem direito a R$ 5 mil por ano para adquirir
obras literárias, softwares e hardwares para consumo próprio. No
Maranhão, a “bolsa livro” é de R$ 1.300. Neste ano, 1.340 magistrados de
São Paulo já solicitaram parte do valor do auxílio, perfazendo uma
média de R$ 1.710 cada um. Se os 2.600 pedirem a “bolsa livro”
integralmente, o custo para o TJ-SP será de R$ 13 milhões.
Em 2017, o TJ do Maranhão desembolsou R$ 162,6 mil para atender 209
pedidos de reembolso de magistrados pela compra de livros, uma média de
R$ 835,28 cada.
O corregedor do CNJ, João Otávio de Noronha, disse que o auxílio é um
“absurdo”. “Sou radicalmente contra. Ler é da natureza da profissão. Eu
mesmo compro meus próprios livros”.
Está nas mãos do Supremo decidir sobre o fim da “bolsa livro” e outros
auxílios pagos pelos TJs sem previsão na Lei Orgânica da Magistratura.
Há uma ação questionando isso na Corte, mas sem previsão de julgamento.
O TJ-SP diz que para obter o reembolso o magistrado precisa apresentar a
nota fiscal com indicação da natureza da obra. O TJ-MA também informa
que o reembolso depende de comprovação e não é cumulativo.
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