Vacina contra críticas a eleição sem Lula
Ato pelo registro da candidatura presidencial de Lula no TSE |
O PT viu no convite da Justiça Eleitoral à OEA (Organização dos Estados
Americanos) para acompanhar a disputa no Brasil uma tentativa de impor
revés à sigla. Os petistas avaliam que eventual selo de qualidade da
entidade a uma corrida sem Lula fragiliza a tese de que um veto a ele
afrontaria a democracia. Para reequilibrar o jogo, a legenda vai
explorar despacho da ONU que prega a participação do ex-presidente no
pleito, estimulando imbróglio entre os organismos internacionais.
A repercussão internacional da tentativa de Lula de ser candidato é
celebrada pelos petistas. Eles acreditam que o TSE buscou uma vacina à
pregação de que a ausência de Lula levaria a eleições ilegítimas
convidando a missão de observação da OEA.
Os resultados das últimas pesquisas que apontaram o crescimento das
intenções de votos de Lula reavivaram debate no PT sobre uma jogada
kamikaze: não substituir a candidatura do ex-presidente.
Lula tem feito questão de dizer que está feliz com os números e,
recentemente, a advogados, repetiu que não tem culpa de estar preso e
que a responsabilidade de normalizar o processo eleitoral não é dele.
Os aliados mais próximos do petista, porém, acreditam que ele escolherá o
caminho do pragmatismo no momento certo. Fernando Haddad, hoje vice de
Lula, já está em campanha.
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