quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Superávit fiscal só deve chegar no ano de 2021



Mansueto Almeida


O economista Mansueto Almeida, secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda e um dos principais auxiliares do ministro Henrique Meirelles (Fazenda), condicionou o êxito do ajuste fiscal à evolução da conjuntura política. Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, ele realçou que o ajuste é gradual. E previu que o governo deve voltar a registrar superávit primário em suas contas apenas em 2021.

O assessor de Meirelles informou aos senadores que o Brasil não tinha uma sequência tão longa de déficits primários desde o início dos anos 1990. “O Brasil está numa sucessão de déficits primários que não acontece desde a Constituição” de 1988, afirmou. Daí a dificuldade para reverter rapidamente o crescimento da dívida pública.

“O Brasil, para o seu nível de desenvolvimento, tem a segunda maior dívida bruta (78,3% do PIB) entre os países emergentes (média de 47,3%)”, afirmou Mansueto. “Ajuste fiscal é necessário. No nosso caso, ele já é muito gradual e a dívida pública ainda crescerá.”




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