Marina Silva não consegue compor uma aliança partidária
que a retire do isolamento político
que a retire do isolamento político
Marina Silva |
Marina Silva, a presidenciável da Rede, frequenta o cenário eleitoral em
situação sui generis. Bem-posta junto ao eleitorado, ostenta o segundo
lugar nas pesquisas, atrás de Jair Bolsonaro (PSL). Mas não consegue
compor uma aliança partidária que a retire do isolamento político.
Refugada pelo PSB, Marina afagou o PPS. Chegou mesmo a dizer que o
presidente da legenda, Roberto Freire, reúne qualidades para ser o
número dois de sua chapa. Freire declarou-se “honrado”. Mas desestimulou
a aproximação. Disse que o PPS não cogita abandonar o tucano Geraldo
Alckmin.
“Presido um partido que aprovou num congresso nacional o indicativo de
apoio à candidatura presidencial de Geraldo Alckmin”, disse Freire.
“Venho trabalhando nessa direção. Creio que, nesse momento, Alckmin é a
alternativa que reúne melhores condições para enfrentar esse processo
eleitoral.”
Freire esmiuçou a análise que faz da conjuntura política: “A eleição
tinha dois caminhos. Houve um instante em que a perspectiva da
candidatura de um outsider parecia empurrar a política tradicional para
um segundo plano. Mas Luciano Huck e Joaquim Barbosa se retiraram do
processo. Ficou uma opção à direita, com Jair Bolsonaro, e as
alternativas representadas por Ciro Gomes ou um nome do PT. No centro
desses dois polos estão Marina Silva e Geraldo Alckmin”.
O presidente do PPS concluiu: “Marina aparece bem na pesquisa porque tem
o recall de campanhas passadas. Mas não tem estrutura partidária, está
isolada. E Geraldo Alckmin, apesar dos problemas, dispõe de boa
estrutura. Com Antonio Anastasia, em Minas, e João Doria, em São Paulo,
terá uma campanha forte nos dois maiores colégios eleitorais do país. Em
São Paulo, ainda conta com o governador Márcio França (PSB). Creio que,
sem um outsider, vai prevalecer nessa campanha quem tiver a melhor
estrutura”.
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