Trote universitário considerado racista:
caloura foi pintada de preto e vestida como garçonete
caloura foi pintada de preto e vestida como garçonete
Alunos da UFRJ pintaram caloura de tinta preta em trote |
A direção da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em Macaé
anunciou na sexta-feira sexta-feira (06.mar.2020) que vai investigar o
trote que aconteceu no campus no dia 05.mar.2020 — uma caloura de
Engenharia foi pintada de tinta preta e vestida como garçonete.
Imagens da estudante no episódio foram publicadas nas redes sociais e
provocaram uma enxurrada de duras críticas aos envolvidos, destacando
que o que fizeram chama-se "black face", uma prática racista bastante
conhecida, em que pessoas de pele clara são maquiadas de preto e
retratadas de forma estereotipada.
Os estudantes que estiveram no local e realizaram o trote alegam que não havia a intenção de fazer Black Face.
"A Direção do Campus UFRJ-Macaé repudia quaisquer manifestações de
caráter racista em suas dependências e abrirá inquérito para apurar o
ocorrido no dia 5 de março no trote dos calouros da Engenharia", afirmou
a instituição em um comunicado publicado no site oficial.
"Informamos que as investigações serão realizadas seguindo o
procedimento legal e, caso seja constatado crime de racismo, os
envolvidos serão responsabilizados tanto na esfera acadêmica quanto na
criminal", acrescentou.
Durante o período da investigação, os alunos não poderão realizar trotes
nas dependências do campus em Macaé. A universidade disse que, no
início da semana, foi divulgada uma campanha para impedir o trote
violento ou vexatório, ressaltando que "condutas de caráter racista,
homofóbico, sexista ou que configure qualquer tipo de discriminação
serão severamente punidas".
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