sábado, 7 de março de 2020

Trote universitário considerado racista:
caloura foi pintada de preto e vestida como garçonete



Alunos da UFRJ pintaram caloura de tinta preta em trote


A direção da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em Macaé anunciou na sexta-feira sexta-feira (06.mar.2020) que vai investigar o trote que aconteceu no campus no dia 05.mar.2020 — uma caloura de Engenharia foi pintada de tinta preta e vestida como garçonete.
Imagens da estudante no episódio foram publicadas nas redes sociais e provocaram uma enxurrada de duras críticas aos envolvidos, destacando que o que fizeram chama-se "black face", uma prática racista bastante conhecida, em que pessoas de pele clara são maquiadas de preto e retratadas de forma estereotipada.
Os estudantes que estiveram no local e realizaram o trote alegam que não havia a intenção de fazer Black Face.
"A Direção do Campus UFRJ-Macaé repudia quaisquer manifestações de caráter racista em suas dependências e abrirá inquérito para apurar o ocorrido no dia 5 de março no trote dos calouros da Engenharia", afirmou a instituição em um comunicado publicado no site oficial.
"Informamos que as investigações serão realizadas seguindo o procedimento legal e, caso seja constatado crime de racismo, os envolvidos serão responsabilizados tanto na esfera acadêmica quanto na criminal", acrescentou.
Durante o período da investigação, os alunos não poderão realizar trotes nas dependências do campus em Macaé. A universidade disse que, no início da semana, foi divulgada uma campanha para impedir o trote violento ou vexatório, ressaltando que "condutas de caráter racista, homofóbico, sexista ou que configure qualquer tipo de discriminação serão severamente punidas".




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