quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Jorge Viana cogita renunciar e comando do Senado
pode ficar com Romero Jucá



O senador petista Jorge Viana


O comando do Senado pode cair no colo de Romero Jucá, segundo-vice da Casa. Na noite de segunda-feira (05.dez.2016), à saída da residência de Renan Calheiros, senadores ficaram com a sensação de que a renúncia ao cargo de primeiro-vice é considerada pelo petista Jorge Viana caso o STF confirme o afastamento do peemedebista Renan Calheiros. Viana deixou exposto seu dilema: se pautar a PEC do teto na terça-feira (13.dez.2016), rompe com a esquerda; se não o fizer, será acusado de aprofundar a debacle econômica.

“Não contem comigo para fazer com eles o que eles fizeram conosco. O Brasil não merece isso”, afirma Jorge Viana. Sobre a renúncia, o senador responde: “Não teria sentido fazer uma discussão dessas agora”.

Dirigentes petistas dizem que pior do que colocar a PEC do teto em votação é entregar o Senado nas mãos de Jucá, um dos principais articuladores do impeachment.

Na Câmara e no Senado, o regimento dá plenos poderes ao presidente para definir o que será votado.

Consultores do PSDB já trabalham em uma saída para aprovar o teto de gastos (PEC 241) caso Viana assuma e não coloque a medida em votação. A ideia é apresentar um requerimento ao plenário e, com maioria folgada, incluir a PEC na pauta de terça-feira (13.dez.2016).

Em 2017 — O Palácio do Planalto acha pouco provável que Renan Calheiros consiga reverter a decisão no plenário da Suprema Corte, em julgamento aguardado para esta quarta-feira (07.dez.2016), e admite que o segundo turno da votação da proposta do teto de gastos públicos (PEC 241) pode ficar apenas para o ano que vem.
Para evitar que um possível adiamento afete as perspectivas econômicas, o governo federal já iniciou conversas com integrantes do mercado financeiro para que o episódio não afete as previsões para o ano que vem.

PS.: José Serra saiu em defesa da manutenção de Henrique Meirelles à frente do Ministério da Fazenda. Em conversas reservadas, o chanceler tem dito que uma troca na equipe econômica “seria ruim”. “Desestabilizaria as expectativas.”




Nenhum comentário:

Postar um comentário