Jorge Viana cogita renunciar e comando do Senado
pode ficar com Romero Jucá
pode ficar com Romero Jucá
O senador petista Jorge Viana |
O comando do Senado pode cair no colo de Romero Jucá, segundo-vice da
Casa. Na noite de segunda-feira (05.dez.2016), à saída da residência de
Renan Calheiros, senadores ficaram com a sensação de que a renúncia ao
cargo de primeiro-vice é considerada pelo petista Jorge Viana caso o STF
confirme o afastamento do peemedebista Renan Calheiros. Viana deixou exposto seu
dilema: se pautar a PEC do teto na terça-feira (13.dez.2016), rompe com a
esquerda; se não o fizer, será acusado de aprofundar a debacle
econômica.
“Não contem comigo para fazer com eles o que eles fizeram conosco. O
Brasil não merece isso”, afirma Jorge Viana. Sobre a renúncia, o senador
responde: “Não teria sentido fazer uma discussão dessas agora”.
Dirigentes petistas dizem que pior do que colocar a PEC do teto em
votação é entregar o Senado nas mãos de Jucá, um dos principais
articuladores do impeachment.
Na Câmara e no Senado, o regimento dá plenos poderes ao presidente para definir o que será votado.
Consultores do PSDB já trabalham em uma saída para aprovar o teto de
gastos (PEC 241) caso Viana assuma e não coloque a medida em votação. A
ideia é apresentar um requerimento ao plenário e, com maioria folgada,
incluir a PEC na pauta de terça-feira (13.dez.2016).
Em 2017 — O Palácio do Planalto acha pouco provável que Renan Calheiros
consiga reverter a decisão no plenário da Suprema Corte, em julgamento
aguardado para esta quarta-feira (07.dez.2016), e admite que o segundo
turno da votação da proposta do teto de gastos públicos (PEC 241) pode
ficar apenas para o ano que vem.
Para evitar que um possível adiamento afete as perspectivas econômicas, o
governo federal já iniciou conversas com integrantes do mercado
financeiro para que o episódio não afete as previsões para o ano que
vem.
PS.: José Serra saiu
em defesa da manutenção de Henrique Meirelles à frente do Ministério da
Fazenda. Em conversas reservadas, o chanceler tem dito que uma troca na
equipe econômica “seria ruim”. “Desestabilizaria as expectativas.”
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