sábado, 16 de setembro de 2017

Pedido de prisão de Aécio foi adiado
sessão de julgamento foi remarcada para o dia 26



Senador Aécio Neves (PSDB-MG)


O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), adiou para o dia 26 de setembro o julgamento do pedido de prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG), no âmbito da Operação Patmos, que investiga o suposto repasse de R$ 2 milhões do grupo JBS ao tucano, informaram na sexta-feira (15.set.2017) os advogados de Aécio.
O ministro Marco Aurélio Mello, relator do inquérito e presidente da Primeira Turma, havia pautado o pedido da Procuradoria-Geral da República para a sessão da próxima terça-feira (19.set.2017). No entanto, os advogados Alberto Zacharias Toron e José Eduardo Alckmin solicitaram o adiamento por uma semana alegando que não poderiam estar presente por compromissos anteriormente agendados.



— O motivo real —

Alegando que não poderia estar presente, a defesa de Aécio Neves pediu ao ministro do Supremo Marco Aurélio Mello que prorrogasse o julgamento do pedido de prisão do tucano do dia 19 para 26. O ministro decidiu atendê-los.

O motivo da ausência: Alberto Toron estará em Portugal comemorando o aniversário do criminalista Kakay. A festa vai juntar as defesas de Aécio e Joesley.

Já se pode antecipar que: os Ministros da 1ª Turma do STF irão rejeitar o pedido de prisão do senador do PSDB Aécio Neves.

Enquanto não se conclui a análise dos recursos em relação ao caso Aécio Neves, a denúncia apresentada pela PGR contra o senador por corrupção passiva e obstrução de justiça segue sem análise. O ministro Marco Aurélio Mello, relator, já explicou que só haverá notificação para a apresentação de defesa prévia após o encerramento da análise dos recursos, como o da PGR, que insiste na prisão do senador.

Aécio Neves foi acusado no dia 2 de junho pelo suposto recebimento de R$ 2 milhões em propina da JBS e por obstrução de Justiça por tentar impedir os avanços da Operação Lava Jato.



— Operação Patmos —

Alvo da Operação Patmos, realizada em maio para apurar fatos trazidos no acordo de colaboração de executivos do Grupo J&F, Aécio Neves ficou impedido de exercer atividades parlamentares por decisão do ministro Edson Fachin, relator do caso, por mais de um mês. Após mudança de relatoria, no dia 30 de junho, o ministro Marco Aurélio Mello revogou a medida do ministro Fachin e devolveu Aécio ao Senado.
Aécio Neves tem negado qualquer tipo de irregularidade.
O julgamento do pedido de prisão havia sido pautado originalmente para 20 de junho. Durante a sessão, no entanto, houve um adiamento diante de uma questão preliminar levantada pela defesa.

A irmã de Aécio, Andrea Neves, o primo Frederico Pacheco e o advogado Mendherson Souza Lima também foram denunciados, mas apenas por corrupção passiva. Os três foram presos na Operação Patmos, deflagrada em 18 de maio, e depois conseguiram o benefício de deixar a prisão. A denúncia contra eles foi remetida para análise na primeira instância, por decisão do ministro Marco Aurélio Mello.

Entre as acusações que pesam sobre Aécio no âmbito da delação dos empresários do grupos J&F, está a gravação na qual o tucano pede R$ 2 milhões a Joesley Batista, um dos donos da JBS. Em uma conversa, o tucano aparece pedindo o dinheiro ao empresário sob a justificativa de que precisava pagar despesas com sua defesa na Lava Jato.

A irmã de Aécio, Andrea Neves, teria feito o primeiro contato com o empresário. O tucano indicou seu primo Frederico para receber o dinheiro. Mendherson também teria participado. O dinheiro foi entregue pelo diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, um dos sete delatores. Ao todo, foram quatro entregas de R$ 500 mil cada uma. Para a PGR, o dinheiro teria Aécio Neves como destinatário final.




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