Pedido de prisão de Aécio foi adiado
sessão de julgamento foi remarcada para o dia 26
sessão de julgamento foi remarcada para o dia 26
Senador Aécio Neves (PSDB-MG) |
O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), adiou
para o dia 26 de setembro o julgamento do pedido de prisão do senador
Aécio Neves (PSDB-MG), no âmbito da Operação Patmos, que investiga o
suposto repasse de R$ 2 milhões do grupo JBS ao tucano, informaram na
sexta-feira (15.set.2017) os advogados de Aécio.
O ministro Marco Aurélio Mello, relator do inquérito e presidente da Primeira Turma, havia pautado o pedido da Procuradoria-Geral da República para a sessão da próxima terça-feira (19.set.2017). No entanto, os advogados Alberto Zacharias Toron e José Eduardo Alckmin solicitaram o adiamento por uma semana alegando que não poderiam estar presente por compromissos anteriormente agendados.
O ministro Marco Aurélio Mello, relator do inquérito e presidente da Primeira Turma, havia pautado o pedido da Procuradoria-Geral da República para a sessão da próxima terça-feira (19.set.2017). No entanto, os advogados Alberto Zacharias Toron e José Eduardo Alckmin solicitaram o adiamento por uma semana alegando que não poderiam estar presente por compromissos anteriormente agendados.
— O motivo real —
Alegando que não poderia estar presente, a defesa de Aécio Neves pediu ao ministro do Supremo Marco Aurélio Mello que prorrogasse o julgamento do pedido de prisão do tucano do dia 19 para 26. O ministro decidiu atendê-los.
O motivo da ausência: Alberto Toron estará em Portugal comemorando o aniversário do criminalista Kakay. A festa vai juntar as defesas de Aécio e Joesley.
Já se pode antecipar que: os Ministros da 1ª Turma do STF irão
rejeitar o pedido de prisão do senador do PSDB Aécio Neves.
Enquanto não se conclui a análise dos recursos em relação ao caso Aécio
Neves, a denúncia apresentada pela PGR contra o senador por corrupção
passiva e obstrução de justiça segue sem análise. O ministro Marco
Aurélio Mello, relator, já explicou que só haverá notificação para a
apresentação de defesa prévia após o encerramento da análise dos
recursos, como o da PGR, que insiste na prisão do senador.
Aécio Neves foi acusado no dia 2 de junho pelo suposto recebimento de R$
2 milhões em propina da JBS e por obstrução de Justiça por tentar
impedir os avanços da Operação Lava Jato.
—
Operação Patmos —
Alvo da Operação Patmos, realizada em maio para apurar fatos trazidos no
acordo de colaboração de executivos do Grupo J&F, Aécio Neves ficou
impedido de exercer atividades parlamentares por decisão do ministro
Edson Fachin, relator do caso, por mais de um mês. Após mudança de
relatoria, no dia 30 de junho, o ministro Marco Aurélio Mello revogou a
medida do ministro Fachin e devolveu Aécio ao Senado.
Aécio Neves tem negado qualquer tipo de irregularidade.
O julgamento do pedido de prisão havia sido pautado originalmente para
20 de junho. Durante a sessão, no entanto, houve um adiamento diante de
uma questão preliminar levantada pela defesa.
A irmã de Aécio, Andrea Neves, o primo Frederico Pacheco e o advogado
Mendherson Souza Lima também foram denunciados, mas apenas por corrupção
passiva. Os três foram presos na Operação Patmos, deflagrada em 18 de
maio, e depois conseguiram o benefício de deixar a prisão. A denúncia
contra eles foi remetida para análise na primeira instância, por decisão
do ministro Marco Aurélio Mello.
Entre as acusações que pesam sobre Aécio no âmbito da delação dos
empresários do grupos J&F, está a gravação na qual o tucano pede R$ 2
milhões a Joesley Batista, um dos donos da JBS. Em uma conversa, o
tucano aparece pedindo o dinheiro ao empresário sob a justificativa de
que precisava pagar despesas com sua defesa na Lava Jato.
A irmã de Aécio, Andrea Neves, teria feito o primeiro contato com o
empresário. O tucano indicou seu primo Frederico para receber o
dinheiro. Mendherson também teria participado. O dinheiro foi entregue
pelo diretor de Relações Institucionais da JBS, Ricardo Saud, um dos
sete delatores. Ao todo, foram quatro entregas de R$ 500 mil cada uma.
Para a PGR, o dinheiro teria Aécio Neves como destinatário final.
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