Juiz Moro sobre conversas com Cardozo: ‘Intolerável’
O juiz federal Sergio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato |
Nos processos judiciais, as regras são sempre menos perigosas do que a
imaginação. Advogados de empreiteiros presos na Operação Lava Jato
imaginaram que poderiam obter ajuda no gabinete do ministro José Eduardo
Cardozo (Justiça). O juiz Sérgio Moro, titular da encrenca, acha que
dúvidas e pendências devem ser dirimidas “nos autos” ou em conversas com
o magistrado, não com “autoridades políticas”.
Moro tachou de “intolerável”
a pretensão de advogados dos presos e das construtoras de “discutir o
processo judicial e as decisões judiciais com autoridades políticas.''
Escorando-se no noticiário, o juiz da Lava Jato prosseguiu: “Mais
estranho ainda é que participem desse encontros, a fiar-se nas notícias,
políticos e advogados sem procuração nos autos das ações penais.''
Com esses argumentos, que ecoam a opinião do ex-relator do mensalão
Joaquim Barbosa, Sérgio Moro expediu novas ordens de prisão preventiva
contra empreiteiros já encarcerados. Continuarão dormindo nos
colchonetes da Polícia Federal do ministro Cardozo os
suspeitos-companheiros Ricardo Pessoa (UTC), Eduardo Hermelino Leite
(Camargo Corrêa), Dalton Avancini (Camargo Corrêa) e João Auler (Camargo
Corrêa). Segundo o juiz, esses executivos tentam interferir nas
investigações.
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