sábado, 7 de março de 2020



Repatriado pela Lava Jato:
pequeno tesouro em ouro e pedras preciosas
acumulado por meio de propinas estava na Suíça



Sérgio Cabral


O Ministério Público Federal (MPF) colocou à disposição da Justiça na sexta-feira (06.mar.2020), 27 pedras de diamantes e 4,5 kg de ouro que foram adquiridos com dinheiro do esquema de corrupção chefiado pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. O material estava na Suíça e, segundo peritos, é avaliado em mais de R$ 20 milhões.
A operação de repatriação do tesouro foi autorizada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal do Rio, responsável pela Lava Jato no Estado. A missão teve início na terça-feira, 03.mar.2020, quando procuradores embarcaram para Genebra, receberam o material e retornaram ao Brasil. Os diamantes e o ouro foram entregues para custódia de um banco na sexta-feira (06.mar.2020), informou o MPF.
A ação foi realizada pelo Ministério Público Federal, por meio da Secretaria de Cooperação Internacional (SCI), e pela Força-Tarefa Lava Jato no Rio. O procedimento contou ainda com o apoio da Polícia e da Receita Federal, além do Ministério Público suíço e da embaixada italiana.
Por uma questão de segurança, a operação foi mantida em sigilo e contou com escolta policial até a entrega do material à instituição bancária que custodiará o tesouro.
A existência e a localização dos diamantes e do ouro foram reveladas em delação pelos irmãos doleiros Marcelo e Renato Chebar. Em março de 2017, o juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio, autorizou a transferência de R$ 250 milhões do acordo de colaboração dos irmãos para pagamento do 13º salário dos servidores públicos estaduais.




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