O golpe do WhatsApp levado a cabo pelo PT
PT decidiu partir para o seu ‘plano B’: fazer campanha para
deslegitimar a eventual vitória do oponente
PT decidiu partir para o seu ‘plano B’: fazer campanha para
deslegitimar a eventual vitória do oponente
Consciente de que será muito difícil reverter a vantagem de Jair
Bolsonaro (PSL) na disputa pela Presidência da República, o PT decidiu
partir para seu ‘plano B’: fazer campanha para deslegitimar a eventual
vitória do oponente, qualificando-a como fraudulenta. É uma
especialidade lulopetista. A ofensiva da tigrada está assentada na
acusação segundo a qual a candidatura de Bolsonaro está sendo
impulsionada nas redes sociais por organizações que atuam no
“subterrâneo da internet”, segundo denúncia feita na tribuna do Senado
pela presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, que lançou o seu
J’accuse de fancaria. ‘Eu acuso o senhor (Bolsonaro) de patrocinar
fraude nas eleições brasileiras. O senhor é responsável por fraudar esse
processo eleitoral manipulando e produzindo mentiras veiculadas no
submundo da internet através de esquemas de WhatsApp pagos de fora deste
país’, afirmou Gleisi, que acrescentou: ‘O senhor está recebendo
recursos ilegais, patrocínio estrangeiro ilegal, e terá que responder
por isso. (…) Quer ser presidente do Brasil através desse tipo de
prática, senhor deputado Jair Bolsonaro?’ Como tudo o que vem do PT,
nada disso é casual. A narrativa da “fraude eleitoral” se junta ao
esforço petista para que o partido se apresente ao eleitorado — e, mais
do que isso, à História — como o único que defendeu a democracia e
resistiu à escalada autoritária supostamente representada pela possível
eleição de Bolsonaro.
Esse ‘plano B’ foi lançado a partir do momento em que ficou claro que a
patranha lulopetista da tal ‘frente democrática’ contra Bolsonaro não
enganou ninguém. Afinal, como é que uma frente política pode ser
democrática tendo à testa o PT, partido que pretendia eternizar-se no
poder por meio da corrupção e da demagogia? Como é que os petistas
imaginavam ser possível atrair apoio de outros partidos uma vez que o PT
jamais aceitou alianças nas quais Lula da Silva não ditasse os termos,
submetendo os parceiros às pretensões hegemônicas do demiurgo que hoje
cumpre pena em Curitiba por corrupção? Assim, a própria ideia de
formação de uma “frente democrática” é, em si, uma farsa lulopetista,
destinada a dar ao partido a imagem de vanguarda da luta pela liberdade
contra a “ditadura” — nada mais, nada menos — de Jair Bolsonaro. Tudo
isso para tentar fazer os eleitores esquecerem que o PT foi o principal
responsável pela brutal crise política, econômica e moral que o País ora
atravessa — e da qual, nunca é demais dizer, a candidatura Bolsonaro é
um dos frutos. Como os eleitores não esqueceram, conforme atestam as
pesquisas de intenção de voto que expressam o profundo antipetismo por
trás do apoio a Bolsonaro, o PT deflagrou as denúncias de fraude contra o
adversário.
O preposto de Lula da Silva na campanha, o candidato Fernando Haddad,
chegou até mesmo a mencionar a hipótese de ‘impugnação’ da chapa de
Bolsonaro por, segundo ele, promover ‘essa campanha de difamação
tentando fraudar a eleição’. Mais uma vez, o PT pretende manter o País
refém de suas manobras ao lançar dúvidas sobre o processo eleitoral,
assim como já havia feito quando testou os limites legais e a paciência
do eleitorado ao sustentar a candidatura de Lula da Silva. É bom lembrar
que, até bem pouco tempo atrás, o partido denunciava, inclusive no
exterior, que ‘eleição sem Lula é fraude’. Tudo isso reafirma, como se
ainda fosse necessário, a natureza profundamente autoritária de um
partido que não admite oposição, pois se julga dono da verdade e
exclusivo intérprete das demandas populares. O clima eleitoral já não é
dos melhores, e o PT ainda quer aprofundar essa atmosfera de rancor e
medo ao lançar dúvidas sobre a lisura do pleito e da possível vitória de
seu oponente.
Nenhuma surpresa: afinal, o PT sempre se fortaleceu na discórdia, sem
jamais reconhecer a legitimidade dos oponentes — prepotência que se
manifesta agora na presunção de que milhões de eleitores incautos só
votaram no adversário do PT porque, ora vejam, foram manipulados
fraudulentamente pelo ‘subterrâneo da internet’.
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