A eleição dos rejeitados
Carreata em apoio à candidatura de Jair Bolsonaro à presidência da República pelo PSL, em Brasília — 30.09.2018 |
Se não foi um “soluço” na língua dos que são do ramo, se revelar-se uma
tendência a confirmar-se nos próximos dias, o capitão da reserva Jair
Bolsonaro poderá ser eleito presidente da República no próximo domingo
(07.out.2018). Ou, o mais tardar, até o fim do mês.
Recentes pesquisas mostram que Bolsonaro cresce entre os eleitores de
todas as faixas de escolaridade e de renda e em todas as regiões do
país.
No Nordeste, ainda perde para o candidato do PT Fernando Haddad, mas cresce. Já ganha dele entre as mulheres.
Antes perdia de Haddad na simulação de segundo turno. Agora empata. Sua
rejeição parou de subir. A de Haddad subiu 11 pontos em cinco dias.
Se a eleição fosse hoje, haveria segundo turno. Mas como ela será daqui a cinco dias, Bolsonaro terá mais tempo para crescer.
Os fatos dos últimos 10 dias, todos eles, lhes foram desfavoráveis, mas aparentemente não provocaram maiores danos a Bolsonaro.
A decisão do juiz Sérgio Moro de revogar o sigilo sobre parte da delação do ex-ministro Antonio Palocci foi nitroglicerina pura.
A eleição deverá ser decidida pela migração de votos dos chamados candidatos de centro para Bolsonaro.
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