O empresário Joesley Batista em depoimento,
no âmbito da Operação Greenfield, fica em silêncio
no âmbito da Operação Greenfield, fica em silêncio
Joesley Batista (ao centro) |
O empresário Joesley Batista alegou necessidade de aguardar resolução
sobre validade de seu acordo de colaboração premiada e optou por ficar
em silêncio em depoimento na Superintendência da Polícia Federal em
Brasília. A oitiva realizada na manhã de terça-feira (12.set.2017), foi
no âmbito da Operação Greenfield, que investiga possíveis
irregularidades no aporte de fundos de pensão em empresas do Grupo
J&F.
No depoimento aos investigadores do caso, o empresário estava acompanhado de seu advogado, Ticiano Figueiredo, que entregou uma petição na qual explica que o silêncio de Joesley se deve à ‘situação de incerteza’ em que se encontra o acordo de colaboração assinado com a Procuradoria-geral da República (PGR).
Em tese, o colaborador não pode optar por permanecer em silêncio nas investigações sobre temas abordados no acordo firmado com a Justiça. Entretanto, segundo o advogado de Joesley, a opção pelo silêncio não é uma violação ao acordo uma vez que ele está suspenso enquanto a PGR realiza um procedimento para apurar possível omissão de informações pelos delatores.
“O Joesley não se recusou a falar, mas em respeito ao procedimento que corre perante o Supremo Tribunal Federal (STF) permaneceu calado e se compromete a explicar todos os fatos após a resolução dessa situação”, afirmou Ticiano Figueiredo.
No depoimento aos investigadores do caso, o empresário estava acompanhado de seu advogado, Ticiano Figueiredo, que entregou uma petição na qual explica que o silêncio de Joesley se deve à ‘situação de incerteza’ em que se encontra o acordo de colaboração assinado com a Procuradoria-geral da República (PGR).
Em tese, o colaborador não pode optar por permanecer em silêncio nas investigações sobre temas abordados no acordo firmado com a Justiça. Entretanto, segundo o advogado de Joesley, a opção pelo silêncio não é uma violação ao acordo uma vez que ele está suspenso enquanto a PGR realiza um procedimento para apurar possível omissão de informações pelos delatores.
“O Joesley não se recusou a falar, mas em respeito ao procedimento que corre perante o Supremo Tribunal Federal (STF) permaneceu calado e se compromete a explicar todos os fatos após a resolução dessa situação”, afirmou Ticiano Figueiredo.
— Histórico —
No dia 04.set.2017, o procurador-geral Rodrigo Janot abriu um
procedimento de revisão do acordo e pediu a revogação do benefício de
imunidade penal concedido aos delatores.
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou pedido de Janot e suspendeu os benefícios dos delatores em despacho na última sexta-feira (08.set.2017). No mesmo despacho, o ministro também autorizou a prisão temporária do dono da holding, Joesley Batista, e do diretor Ricardo Saud.
O pedido para as prisões preparado por Janot é embasado pelo conteúdo da gravação entregue pela própria defesa do Grupo J&F, na qual Saud e Joesley falam sobre a suposta interferência do ex-procurador Marcello Miller para supostamente ajudar nas tratativas de delação premiada.
O ex-procurador ainda fazia parte dos quadros do Ministério Público Federal quando começou a conversar com os executivos, no fim de fevereiro.
Ele pediu a saída da instituição em fevereiro e foi exonerado, de fato, apenas em abril.
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), aceitou pedido de Janot e suspendeu os benefícios dos delatores em despacho na última sexta-feira (08.set.2017). No mesmo despacho, o ministro também autorizou a prisão temporária do dono da holding, Joesley Batista, e do diretor Ricardo Saud.
O pedido para as prisões preparado por Janot é embasado pelo conteúdo da gravação entregue pela própria defesa do Grupo J&F, na qual Saud e Joesley falam sobre a suposta interferência do ex-procurador Marcello Miller para supostamente ajudar nas tratativas de delação premiada.
O ex-procurador ainda fazia parte dos quadros do Ministério Público Federal quando começou a conversar com os executivos, no fim de fevereiro.
Ele pediu a saída da instituição em fevereiro e foi exonerado, de fato, apenas em abril.
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