Bombardeiros dos Estados Unidos voam perto de litoral norte-coreano
Bombardeiros americanos voaram no sábado, 23.set.2017, perto da costa
leste da Coreia do Norte em uma demonstração de força do poder militar
dos Estados Unidos ao programa armamentista de Pyongyang, informou o
Pentágono.
De acordo com o Pentágono, o voo das aeronaves americanas aconteceu
depois de dias de retórica cada vez mais belicosa do regime do líder
norte-coreano Kim Jong-un, em meio à preocupação internacional sobre as
ambições nucleares de Pyongyang.
Bombardeiros dos Estados Unidos têm realizado voos similares de
demonstração de força depois dos testes nucleares realizados pelos
norte-coreanos.
"Esse foi o local mais ao norte da zona desmilitarizada ao qual um avião
de combate americano ou um bombardeiro sobrevoou próximo ao litoral
norte-coreano no século 21", disse a porta-voz do Pentágono, Dana White.
"Esta missão é uma demonstração de resolução dos Estados Unidos e uma
mensagem clara de que o presidente tem muitas opções militares para
derrotar qualquer ameaça", disse Dana. "Estamos preparados para usar
todo o tipo de capacidade militar para defender a pátria dos Estados
Unidos e nossos aliados."
Os bombardeiros da Força Aérea B-1B Lancer usados no sábado estão
estacionados na Ilha de Guam. Eles foram acompanhados pelo aviões F-15C
Eagle, saídos da base japonesa de Okinawa, disse White.
Bombardeiro B-1B Lancer da Força Aérea dos Estados Unidos se prepara para decolar da base aérea na Ilha de Guam |
Em Nova York, o chanceler norte-coreano Ri Yong Ho atacou duramente o
presidente americano, Donald Trump, a quem chamou de "um transtornado
mental que está repleto de megalomania".
O próprio povo americano acha que ele é um "comandante malvado", um "rei
mentiroso", disse o chanceler em seu discurso na Assembleia-Geral da
ONU. Suas ameaças de "destruir totalmente" a Coreia do Norte fazem com
que "a visita de nossos foguetes seja inevitável", alertou.
"Caso se percam vidas nos Estados Unidos será por sua culpa, por culpa
dessa missão suicida de Trump", disse o chanceler. "A Coreia do Norte é
um Estado nuclear responsável (...) mas adotaremos medidas preventivas
necessárias e implacáveis se os Estados Unidos e seus vassalos quiserem
fazer (ataques contra o país)", assegurou.
Ri disse que as "bárbaras e odiosas" sanções impostas por Washington não
farão Pyongyang mudar de opinião. "Estamos agora a alguns passos de
completar nossa capacidade nuclear, é absurdo pensar que nosso país se
desviará um milímetro de seu caminho por mais rígidas que sejam as
sanções que nos impõem."
Em seu primeiro discurso na Assembleia-Geral da ONU na terça-feira
(19.set.2017), Trump ameaçou "destruir totalmente" a Coreia do Norte, e
chamou o líder norte-coreano Kim Jong-un de "homem foguete" que está em
uma "missão suicida".
Trump anunciou novas sanções dos Estados Unidos que têm como alvo
empresas e instituições que financiam e facilitam o comércio com a
Coreia do Norte. No início deste mês, o Conselho de Segurança da ONU
aprovou por unanimidade a sua nona rodada de sanções contra Pyongyang
para combater os programas nuclear e de mísseis balísticos.
Kim disparou contra Trump na quinta-feira (21.set.2017): o descreveu
como "mentalmente transtornado" e advertiu que ele "pagará caro" por sua
ameaça.
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