Lula faz troça de 440 demissões de jornalistas
Com uma ponta de sarcasmo, Lula fez troça dos jornalistas e dos
meios de comunicação no discurso de abertura do Congresso Nacional do
PT, em Salvador. “Proporcionalmente ao seu tamanho reduzido, o setor que
mais desemprega hoje no Brasil é a imprensa”, disse. Ouviram-se
aplausos da militância.
“Só neste ano, tivemos 50 demissões de jornalistas na Folha de S.Paulo”,
prosseguiu Lula, arrancando mais palmas da plateia. “Foram 120
demissões no Globo, 100 demissões no Estadão, 50 na Band e 120 na
Editora Abril.” Nesse ponto, o plenário do congresso petista entoou um
coro: “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo.”
Lula se deteve na situação do grupo que edita a revista Veja. “A Editora
Abril, que publica a revista mais sórdida deste país, teve de entregar
metade do seu edifício-sede, teve de vender ou fechar 20 títulos de
revistas. E temos grupos jornalísticos inteiros à venda. Parece que as
pessoas não querem continuar lendo as mentiras que eles publicam.”
Lula arrematou: “Essas empresas, que atacam tanto o nosso governo, não
são capazes de administrar a própria crise sem jogar o peso nas costas
dos trabalhadores. E acham que podem nos ensinar como se governa um país
com mais de 200 milhões de habitantes!”
Na condição de político, ao criticar a imprensa que imprensa, Lula
comporta-se como um comandante de navio que reclama do mar. Como
ex-sindicalista, comete sincericídio ao celebrar o desemprego alheio.
(abaixo, um vídeo que ajuda a entender a acidez do orador com a
imprensa)
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