quinta-feira, 21 de maio de 2015


Força Aérea dos EUA inicia nova missão espacial secreta

Começou na quarta-feira (20.maio.2015) mais uma missão misteriosa do miniônibus espacial não-tripulado da Força Aérea dos Estados Unidos. O veículo, conhecido pela sigla X-37B, está realizando sua quarta viagem ao espaço. A anterior, encerrada no ano passado, durou incríveis 22 meses.
Levada ao espaço por um foguete Atlas V, a espaçonave ainda não tem data definida para seu retorno à Terra. Embora a missão, designada OTV-4, siga rodeada de interrogações, dessa vez os militares americanos revelaram parte dela. Entre outras coisas, o X-37B irá testar um novo propulsor iônico destinado a permitir ajustes de órbita em satélites de comunicações avançados.

O miniônibus espacial X-37B, da Força Aérea americana, após seu último voo, no ano passado.

O veículo também levará um experimento da Nasa, que pretende expor cerca de 100 diferentes tipos de material ao ambiente espacial. O objetivo aí é avaliar o desempenho dessas amostras para futuras aplicações em design de espaçonaves.
Mas, claro, isso não é tudo. O que mais o X-37B fará? Isso só a Força Aérea americana sabe. Enquanto isso, aguardamos ansiosamente notícias do veleiro solar da Planetary Society, o LightSail, que foi ao espaço de carona nesse mesmo voo do Atlas V.

PROGRAMA ESPACIAL MILITAR
Os veículos X-37 foram desenvolvidos com o objetivo de fornecer acesso rápido e seguro ao espaço, com a agilidade para manobras num teatro de operações que inclua a órbita terrestre.
Estudos realizados pela Força Aérea dos Estados Unidos nos anos 2000 sugerem que esquadrões de X-37 poderiam ser dispostos nas costa leste e oeste, de prontidão, para serem lançados em caso de necessidade. Eles serviriam para diversas missões, desde monitoramento até eventuais ataques a satélites ou mesmo a alvos em terra.

Concepção artística do X-37 no espaço

Mas, por ora, com apenas dois veículos X-37B à disposição, o programa ainda é largamente experimental. Suas missões até agora — incluindo esta última — são testes, mais que qualquer outra coisa. A ideia é testar, pouco a pouco, a versatilidade do veículo e confirmar as teses que eram levantadas no início do século quanto à sua potencial utilidade.


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