quarta-feira, 18 de março de 2015


Vídeo: ex-diretor da Petrobras diz ter recebido propina de José Otávio Germano

Na gravação, Paulo Roberto Costa detalha como dinheiro teria sido repassado pelo deputado gaúcho


Paulo Roberto Costa é um dos delatores da Lava Jato

Em um vídeo liberado pela Justiça, o ex-diretor da Petrobras e delator da Operação Lava Jato, Paulo Roberto Costa, narra em detalhes como teria recebido R$ 200 mil em propina repassada pelo deputado federal gaúcho José Otávio Germano (PP) e pelo também deputado Luiz Fernando Faria (PP-MG).
Na gravação, Costa revela aos investigadores que Germano e Faria teriam solicitado a inclusão da empresa Fidens em licitações realizadas pela Petrobras.
Depois de a empresa de Minas Gerais sair vencedora em uma concorrência promovida pela estatal, o ex-diretor teria recebido dos dois parlamentares R$ 200 mil como um "agrado" enviado pela Fidens.
A empresa, ganhando, deve ter dado alguma comissão para eles. Me chamaram e disseram, "olha, a empresa mandou aqui um agrado para você" - conta o delator no vídeo.
Costa diz ainda que recebeu o dinheiro mesmo sem ter solicitado a propina e dá detalhes de como teria sido feita a entrega. Ele diz ter sido chamado pelos deputados do PP a um hotel no Rio de Janeiro, onde teria recebido o dinheiro em uma sacola de supermercado. O conteúdo do depoimento era conhecido, mas as imagens foram liberadas agora.
Por meio de seus advogados, José Otávio Germano já negou envolvimento com os desvios da Petrobras e reforçou o desejo de esclarecer a situação o mais rápido possível. Os sigilos bancário, fiscal e telefônico de Germano foram colocados à disposição da investigação.

Assista aos vídeos

1. Neste trecho, Costa diz ter sido procurado por José Otávio Germano e Luiz Fernando Faria para que a empresa Fidens fosse convidada a participar de licitações da Petrobras. Depois disso, teria recebido R$ 200 mil como "agrado".


2. Em um segundo momento, o delator detalha aos investigadores como teria sido feita a entrega do dinheiro. Ele teria sido chamado a um hotel no Rio e recebido uma sacola de supermercado com o suposto "agrado".


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