Vídeo: Alberto Youssef narra pagamentos a deputados do PP gaúcho
Doleiro detalhou esquema de corrupção em delação premiada
Doleiro detalhou propina a políticos ligados ao PP durante delação premiada
Vídeos mostram o doleiro Alberto Youssef, preso na primeira fase da Operação Lava Jato, apontando a lista de deputados gaúchos beneficiados com recursos do esquema de corrupção na Petrobras. As imagens constam no depoimento prestado por Youssef em fevereiro de 2015, a partir do acordo de delação premiada. Os vídeos foram obtidos mediante autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).
No trecho abaixo, os investigadores questionam o doleiro sobre quais deputados da bancada do PP recebiam recursos, indagando nome a nome. São citados no vídeo os deputados federais gaúchos: Jerônimo Goergen, Afonso Hamm, José Otávio Germano, Luis Carlos Heinze, Renato Molling; e o ex-deputado Vilson Covatti - todos filiados ao Partido Progressista (PP). Indagado, Youssef responde sim a todos os nomes citados.
Em outro trecho, o doleiro Alberto Youssef cita os políticos que não eram beneficiados com recursos do esquema de corrupção na Petrobras. Ele menciona os nomes da senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS), a quem se refere como deputada e depois senadora (Ana Amélia é senadora eleita pelo Rio Grande do Sul desde 2010). Também são citados como políticos que não receberam recursos do esquema os deputados federais Paulo Maluf (PP-SP) e Jair Bolsonaro (PP-RJ).
No último trecho, o doleiro Alberto Youssef explica aos investigadores como funcionava o repasse do volume arrecadado no esquema de corrupção para os partidos políticos. Segundo Youssef, as entregas eram feitas mensalmente ou semanalmente. Os líderes do partido (neste caso, o PP) recebiam valores maiores. De acordo com o doleiro, os repasses variavam entre R$ 250 mil e R$ 500 mil – a depender do valor recebido em propina no mês.
Youssef também detalha aos investigadores que a bancada do PP recebia, em média, uma quantia entre R$ 1,2 milhão e R$ 1,5 milhão por mês, oriundos do esquema de corrupção na Petrobras. O líder da legenda ficava responsável pela divisão.
Lava Jato
No último dia 6 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavaski autorizou a abertura de inquérito para investigar políticos que teriam sido beneficiados a partir do esquema de corrupção na Petrobras. A lista contém cerca de 50 nomes de políticos de diferentes partidos, como PP, PMDB, PT e PSDB. O pedido de abertura de inquérito havia sido protocolado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Na lista, constam os nomes dos deputados federais do PP gaúcho: Jerônimo Goergen, Afonso Hamm, José Otávio Germano, Luiz Carlos Heinze, Renato Molling; e também do ex-deputado Vilson Covatti. Os deputados negam as acusações.
Os depoimentos dados pelo doleiro Alberto Youssef ao Ministério Público Federal foram tornados públicos por ordem do ministro Teori Zavaski.
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