Corte no Fies
Desde dezembro, a União tem adotado medidas para restringir o Fies, que
cresceu de 76 mil alunos no país para 1,9 milhão em quatro anos.
No programa, o governo banca as mensalidades em faculdades particulares;
apenas depois de formado o aluno paga a dívida, corrigida por juros
abaixo do mercado.
A presidente Dilma (PT) disse na segunda-feira (16.mar.2015) que a
restrição foi feita porque o governo quer controlar a distribuição dos
financiamentos, que estava nas mãos das próprias faculdades.
Além disso, o Ministério da Educação já havia dito que queria priorizar
cursos mais bem avaliados e prioritários, mas reconheceu que parte da
restrição ocorreu devido a problemas orçamentários.
Alguns dos novos critérios não foram anunciados oficialmente. Segundo as
faculdades, o governo permite reajuste máximo de 6,4% nas mensalidades
para 2015 (inflação do país do ano passado) e libera apenas o
equivalente a 30% dos financiamentos iniciados no ano passado.
Nenhuma das duas exigências consta em portaria. Sem saber exatamente o
critério para concessão, estudantes têm passado horas no computador ou
em filas nas faculdades para obterem o Fies. Muitos sem sucesso.
"O planejamento foi feito considerando Fies em pleno andamento. O
próprio governo incentivava isso até o ano passado", disse Rodrigo
Capelato - diretor do Semesp (sindicato das faculdades particulares de
São Paulo).
O Fies foi uma das bandeiras de Dilma na campanha em 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário