quarta-feira, 21 de janeiro de 2015


Copom aumenta a taxa básica de juros 
para 12,25% ao ano
Esta foi a terceira alta seguida da Taxa Selic para conter o aumento da inflação no país


O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu aumentar a taxa básica (Selic) de 11,75% para 12,25% ao ano. Foi a terceira alta seguida dos juros para controlar a inflação.
“Avaliando o cenário macroeconômico e as perspectivas para a inflação, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa Selic em 0,5 ponto percentual”, resume a diretoria do BC.
O índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou o ano passado em 6,41%. O percentual ficou no teto da meta estabelecida pelo próprio governo. A equipe econômica determinou que a meta é de 4,5%, mas há uma margem de tolerância de 2 pontos percentuais. O BC já avisou que só conseguirá chegar no alvo no fim do ano que vem.

MEDIDAS DO GOVERNO
As expectativas dos economistas do mercado financeiro sofreram impacto das medidas anunciadas pelo Ministério da Fazenda na segunda-feira (19.jan.2015). Isso porque o aumento de impostos para combustíveis pode elevar em 0,3 ponto percentual a inflação deste ano, segundo a consultoria Gradual.
Por outro lado, parte desse reajuste da gasolina e do diesel será compensada por uma desaceleração ainda maior da economia que a prevista antes. Isso porque o pacote da nova equipe econômica representa redução de consumo e alta do desemprego.
Uma das medidas que freia a economia é o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações de crédito para pessoa física. A alíquota passou de 1,5% ao ano para 3% ao ano. Isso freia imediatamente o consumo das famílias e, consequentemente, a atividade do país. Dá, assim, um alívio ao trabalho do Banco Central no controle da inflação.

REPERCUSSÃO
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) informou, em nota, que lamenta e condena a decisão do Copom de elevar, mais uma vez, a taxa Selic.
“O novo aumento da taxa básica de juros, somado às recentes medidas de ajuste fiscal adotadas pelo governo federal, acelera a marcha rumo a uma recessão econômica no Brasil, com trágicas consequências para os direitos, a renda e o emprego dos trabalhadores", diz a confederação.
Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI) o aumento dos juros básicos vai dificultar "ainda mais" a recuperação da economia.
"Os efeitos diretos dessa medida são a elevação dos custos dos financiamentos, a dificuldade de acesso ao crédito e a consequente redução do consumo das famílias e dos investimentos das empresas, avalia a entidade.

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