Análise - Melhores salários garantem boa educação?
O caso de Porto Alegre.
Políbio Braga |
E quem se importa com os alunos e os pais dos alunos ?
De que adiantam os melhores salários para os professores das escolas
municipais de Porto Alegre se não há resultados quanto à qualidade do
ensino?
No Ideb 2013 do MEC, do PT, a rede municipal de Porto Alegre fica em 15º
lugar nos anos iniciais do ensino fundamental, isto entre 26 redes de
ensino das capitais; e em 16º lugar nos anos finais entre 23 capitais
(três redes de capitais não tem alunos nessa etapa da educação básica).
A diferença de salários parece não ser o único ou o principal fator para
explicar a qualidade do ensino, entendida como aprendizagem dos alunos.
Em 2013, nos anos iniciais o Ideb de rede municipal de Porto Alegre foi
4,5 e da rede estadual do Rio Grande do Sul, 5,5. Nos anos finais, 3,6
na rede municipal de Porto Alegre e 3,9 na rede estadual do Rio Grande
do Sul.
Em 2013, a rede municipal não atingiu as metas fixadas pelo MEC nos anos
iniciais e nem nos finais. A rede estadual do Rio Grande do Sul atingiu
a meta nos anos iniciais e não atingiu nos finais nem no ensino médio.
Isto tudo significa que a rede municipal segue a lógica do PT, que até
agora as gestões PPS/PMDB/PDT não tiveram coragem de reverter. A lógica é
governar para os servidores e não para a população, vale dizer, para o
cidadão contribuinte.
Um dos principais conflitos hoje existente na sociedade brasileira,
ocorre entre servidores e demais cidadãos. E o PT é o partido dos
trabalhadores do Estado. E o Rio Grande do Sul é a república socialista
soviética sindicalista do Partido dos Trabalhadores. O PT venceu a
disputa ideológica no Rio Grande do Sul, de tal forma que os outros
governam com os princípios deles ou com medo deles. Por exemplo: o que
significa a visita do novo governador, José Sartori, ao prefeito de
Canoas, Jairo Jorge, e ao Cpers e até acionar a PGE para defender o
irracional piso salarial estadual promulgado por Tarso Genro? São claras
reverências ao PT e sua ideologia decadente, populista, demagógica,
atrasada e corrupta.
PS.: O valor básico pago aos
Professores com Licenciatura Plena na rede pública municipal da Capital
do Rio Grande do Sul é de R$ 3.604,30. Esses somam 97,41% do magistério
municipal. Caso o professor tenha Regime Complementar de Trabalho (carga horária de 40 horas semanais) este valor passa para R$ 7.240,60 (acréscimo equivalente a 100% do vencimento básico).
Além do vencimento básico, os professores da rede porto-alegrense têm
direito a R$ 465,92, quando estiver caracterizado difícil acesso até a
escola, e mais R$ 375 de vale-alimentação.
(estes dados são referentes a dezembro de 2014, ou seja, antes do anúncio de aumento do piso Nacional do Magistério)
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