Indulto de Natal deve extinguir pena de José Genoino
José Genoino |
O indulto de Natal, assinado na quarta-feira (24.dez.2014) pela
presidente Dilma Rousseff, deve extinguir a pena imposta ao
ex-presidente do PT José Genoino, condenado a 4 anos e 8 meses de prisão
no processo do mensalão.
Publicado em edição extra do Diário Oficial da União, o benefício, concedido anualmente, atinge milhares de presos, a maioria
dos beneficiados são detentos de bom comportamento, com penas baixas e
não reincidentes. No caso de Genoino, ele deve receber o perdão judicial
por já estar no regime aberto e ter cumprido mais de um quarto de sua
condenação.
A concessão do benefício, no entanto, não é automática. Genoino terá de
enviar um pedido à Justiça dizendo que ele se enquadra nas regras do
indulto de 2014. O juiz de execução, por sua vez, terá de analisar o
caso específico, verificando o comportamento do ex-presidente e checando
se ele realmente pode descontar dias de sua pena por ter estudado.
Se entender que todos os critérios foram cumpridos, dará aval para a
extinção da pena de Genoino. Como o processo principal do mensalão corre
no STF (Supremo Tribunal Federal), o relator da matéria, ministro Luís
Roberto Barros, também será consultado e caberá a ele uma palavra final.
HISTÓRICO
Genoino foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo do mensalão
por corrupção. Sua pena foi fixada em 4 anos e 8 meses. Atualmente, o
ex-deputado está em regime aberto e já cumpriu um quarto do tempo total.
A defesa do ex-deputado e ex-presidente do PT, José Genoino, deve
estudar o decreto nos próximos dias para pedir que o benefício seja
aplicado ao condenado no julgamento do mensalão.
O advogado Cláudio Alencar, que defende Genoino, disse que ainda não viu
o decreto e que deve examinar o texto e calcular precisamente quantos
dias ele já cumpriu antes de pedir o indulto.
Nesta semana, outro condenado pelo mensalão, o também petista João Paulo
Cunha, recebeu autorização do STF para passar o fim de ano com a
família.
FORA DA PRISÃO
Do núcleo político do mensalão, a maior parte dos condenados já está
fora dos presídios. O ex-ministro José Dirceu, o ex-tesoureiro do PT
Delúbio Soares e os ex-deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP), Bispo
Rodrigues (PR-RJ) e Pedro Henry (PP-MT), por exemplo, cumprem pena no
regime aberto, em suas casas.
Eles não foram beneficiados com o indulto de 2014 pois suas condenações
são maiores que a de Genoino. Caso as regras para o perdão presidencial
de 2015 repitam as deste ano, eles também devem conseguir a extinção de
suas penas.
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