Ministro do Supremo proíbe Jefferson de dar entrevista durante expediente
Delator do esquema do mensalão cumpre pena no semiaberto e começou a trabalhar em escritório
Roberto Jefferson (PTB-SP) |
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso,
relator da execução penal do processo do mensalão, proibiu o ex-deputado
federal Roberto Jefferson (PTB-SP) de dar entrevistas durante o
expediente, enquanto cumpre a pena de prisão no regime semiaberto. A
decisão foi assinada na terça-feira (14.out.2014). O delator do esquema
de corrupção foi condenado pelo STF a 7 anos e 14 dias de prisão por
corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Na terça-feira (14.out.2014), ao sair para o primeiro dia de trabalho
fora da cadeia, em um escritório de advocacia no Rio de Janeiro,
Jefferson deu uma entrevista.
A caminho do escritório, ele afirmou a reportagem que o esquema de
pagamento de propina na Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato, é
o “epílogo” do mensalão.
Segundo disse, os dois escândalos de corrupção tiveram o mesmo objetivo:
"financiar o projeto do PT de se perpetuar no poder”. Na decisão de
vetar novas entrevistas, Barroso advertiu que, se o condenado fizer
“pronunciamentos públicos", poderá ter o benefício de trabalhar fora da
cadeia revogado.
No regime semiaberto, o preso dorme na prisão e pode trabalhar fora
durante o dia. "Oficie-se ao Juízo delegatário para que advirta o
condenado quanto à impossibilidade de realização, nos horários
destinados ao cumprimento das tarefas laborais, de atividades estranhas
àquelas previamente informadas pelo empregador à Vara de Execuções
Penais, notadamente pronunciamentos políticos públicos, sob pena de
revogação do benefício", disse o ministro, na decisão.
Barroso também pediu ao juiz da Vara de Execuções Penais do Rio de
Janeiro, onde Jefferson cumpre a pena, cópia da decisão que concedeu ao
ex-deputado direito ao trabalho externo e os termos de compromisso
firmados pelo empregador e pelo condenado.
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