Costa participou de reuniões da
campanha de Lindbergh
campanha de Lindbergh
Petista confirma conversas com ex-diretor da Petrobrás,
mas alega que não houve auxílio em doações
mas alega que não houve auxílio em doações
Delator de um esquema de corrupção na Petrobrás, o ex-diretor de
Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa participou da campanha do
senador Lindbergh Farias (PT) ao governo do Estado do Rio de Janeiro.
Em depoimento prestado na última quarta-feira (08.out.2014) à Justiça
Federal, Costa afirmou que foi procurado por um candidato a governador
do Rio e que participou de reuniões sobre as eleições de 2014. Além de
trabalhar em propostas para a área de energia, Costa teria a tarefa de
intermediar doações de empresas para a campanha.
Costa não citou Lindbergh nominalmente, já que ele não podia mencionar o
nome de nenhum político com foro privilegiado. Segundo a revista Época,
o nome do senador havia sido mencionado ao procurador-geral da
República, Rodrigo Janot, nas declarações decorrentes da delação
premiada. Já a Folha menciona uma planilha, apreendida na casa de Costa
pela Polícia Federal durante as investigações da Operação Lava Jato,
onde constam nomes de empreiteiras, anotações sobre a colaboração para
uma campanha política e a anotação do nome Garreta.
Seria uma menção ao marqueteiro Valdemir Garreta, responsável pela
assessoria de imprensa e produção da campanha de Lindbergh Farias para a
TV. O documento motivou perguntas das autoridades a Costa, durante o
depoimento de quarta-feira.
"O objetivo é que eu preparasse para ele um programa de energia e
infraestrutura de maneira geral. E participei de umas três reuniões com
esse candidato lá no Rio de Janeiro, assim como outras pessoas
participaram. Foi listada uma série de empresas que poderiam contribuir
para o cargo político a que ele estava concorrendo. Ele me contratou
para fazer o programa de energia e infraestrutura do Rio de Janeiro.
Listou uma série de empresas com que eu tinha contatos. Outras não.
Hope, não conheço. Mendes Júnior, conheço. UTC, conheço. Constran, não.
Engevix, conheço. Iesa, conheço. Toyo Setal, conheço. E foi solicitado
que houvesse a possibilidade de as empresas participarem da campanha. E
me foi dito pelo candidato", disse Costa, segundo os veículos de
imprensa.
Costa teria confirmado a intermediação de pedidos de contribuição para a
campanha, mas disse não saber se os pagamentos foram feitos.
Lindbergh emitiu nota, no sábado (11.out.2014), em que admite a
participação de Costa em três reuniões de sua campanha para apenas
tratar da elaboração do programa de governo na área de óleo e gás. "Ele
não participou de nenhuma forma da captação de doações eleitorais. Não
se pode confundir isso com as atividades ilícitas do ex-diretor
posteriormente reveladas pela chamada Operação Lava Jato. Nesse período
não se tinha nenhuma informação sobre tais atividades", conclui o texto.
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