Paulo Roberto Costa deve ser solto até segunda-feira e usará tornozeleira eletrônica
Paulo Roberto Costa |
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa deve ser solto até
segunda-feira (29.set.2014) e usará tornozeleira eletrônica em prisão
domiciliar no Rio de Janeiro.
Antes de ser preso na Operação Lava Jato, em março, o ex-diretor morava
no Rio de Janeiro com sua família. Ele está preso na superintendência do
Paraná. A tornozeleira eletrônica foi cedida à Polícia Federal pelo
governo do Paraná. Agentes da Polícia Federal farão a segurança da
residência do ex-diretor.
A soltura deve ocorrer ao longo do final de semana para evitar que ele
seja transportado em avião de carreira. A operação eleitoral da PF já
começou, e as aeronaves do órgão ficam comprometidos com a movimentação
de policiais entre os Estados.
A liberação de Paulo Roberto ocorre após o ex-diretor fechar um acordo
de delação premiada com a Justiça Federal do Paraná. Ele decidiu contar o
que sabe para deixar a prisão.
O ex-diretor da Petrobras foi preso pela segunda vez no dia 11 de junho,
após as autoridades da Suíça informarem a Justiça brasileira que ele
tinha contas com US$ 23 milhões naquele país. Ele havia sido preso
inicialmente em 20 de março sob acusação de ocultar provas, mas foi
liberado 59 dias depois por decisão do ministro Teori Zavascki, do
Supremo Tribunal Federal.
No dia 29 de agosto, Paulo Roberto fez acordo com o Ministério Público
Federal e a Polícia Federal para fazer delação premiada após saber que a
PF poderia prender suas filhas. A Justiça havia autorizado operações de
busca e apreensão em 13 empresas no Rio de Janeiro que pertencem a uma
filha, um genro e um amigo de Costa.
A DELAÇÃO
Costa decidiu no fim de agosto revelar detalhes sobre subornos na
Petrobras em troca de uma pena menor. Ele citou, segundo a revista
"Veja", os nomes de 12 parlamentares que recebiam propina do esquema,
entre os quais o do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-SP), e
do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Todos negam
com veemência que tivessem recebido recursos do doleiro.
Na sexta-feira 19.set.2014, a presidente Dilma Rousseff (PT) disse que
pediria ao STF o acesso a dados da delação pois não confia na
informação, vinda da imprensa, de que ao menos um ministro de Estado foi
citado na lista de políticos envolvidos com esquema de corrupção na
estatal.
A declaração ocorreu no mesmo dia em que Paulo Roberto ficou calado diante de parlamentares que integram a CPI.
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