Contadora conta como Youssef
lavava dinheiro
Em depoimento, contadora citou a empresa Sanko Sider e a empreiteira Engevix. |
Em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos
da Operação Lava Jato, no Paraná, a contadora Meire Poza confirmou
detalhes do funcionamento da lavanderia de dinheiro operada por Alberto
Youssef. Segundo ela, eram frias as notas fiscais emitidas por empresas
do doleiro preso.
Meire contou ao juiz
que uma das empresas de Youssef, a GFD, emitiu notas fictícias para
empreiteiras. As notas, por geladas, anotavam serviços que jamais foram
realizados. Meire mencionou duas empresas que se serviram do esquema: a
Sanko Sider e a Engevix. Contou, de resto, que testemunhou o vaivém do
dinheiro no escritório de Youssef.
“Lá tinha cofre e entrava muito dinheiro”, disse Meire. Noutro trecho do
depoimento, ela disse ter acompanhado um funcionário da empresa de
Youssef que havia sido destacado para levar uma mala de dinheiro ao
escritório da construtora OAS. Preso desde de marco, o doleiro é acusado
de comandar um esquema que lavou R$ 10 bilhões em verbas de má origem.
Youssef também compareceu perante o juiz Sérgio Moro. O magistrado
recordou-lhe que tinha o direito constitucional ao silêncio. Mas lembrou
que ele também poderia falar, se quisesse. Ele preferiu silenciar.
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