quarta-feira, 17 de setembro de 2014


Contadora conta como Youssef 
lavava dinheiro

Em depoimento, contadora citou a empresa Sanko Sider e a empreiteira Engevix.

Em depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato, no Paraná, a contadora Meire Poza confirmou detalhes do funcionamento da lavanderia de dinheiro operada por Alberto Youssef. Segundo ela, eram frias as notas fiscais emitidas por empresas do doleiro preso.
Meire contou ao juiz que uma das empresas de Youssef, a GFD, emitiu notas fictícias para empreiteiras. As notas, por geladas, anotavam serviços que jamais foram realizados. Meire mencionou duas empresas que se serviram do esquema: a Sanko Sider e a Engevix. Contou, de resto, que testemunhou o vaivém do dinheiro no escritório de Youssef.
“Lá tinha cofre e entrava muito dinheiro”, disse Meire. Noutro trecho do depoimento, ela disse ter acompanhado um funcionário da empresa de Youssef que havia sido destacado para levar uma mala de dinheiro ao escritório da construtora OAS. Preso desde de marco, o doleiro é acusado de comandar um esquema que lavou R$ 10 bilhões em verbas de má origem.
Youssef também compareceu perante o juiz Sérgio Moro. O magistrado recordou-lhe que tinha o direito constitucional ao silêncio. Mas lembrou que ele também poderia falar, se quisesse. Ele preferiu silenciar.

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