A lista dos perigos
Arnaldo Jabor |
O que acontecerá com o Brasil se a Dilma for eleita?
Aqui vai a lista:
A catástrofe anunciada vai chegar pelo desejo teimoso de governar um
país capitalista com métodos "socialistas". Os "meios" errados nos
levarão a "fins" errados. Como não haverá outra "reeleição", o PT no
governo vai adotar medidas bolivarianas tropicais, na "linha justa" da
Venezuela, Argentina e outros.
Dilma já diz que vai controlar a mídia, economicamente, como faz a
Cristina na Argentina. Quando o programa do PT diz: "Combater o
monopólio dos meios eletrônicos de informação, cultura e
entretenimento", leia-se, como um velho petista deixou escapar:
"Eliminar o esterco da cultura internacional e a 'irresponsabilidade' da
mídia conservadora". Poderão, enfim, pôr em prática a velha frase de
Stalin: "As ideias são mais poderosas do que as armas. Nós não
permitimos que nossos inimigos tenham armas, porque deveríamos permitir
que tenham ideias?".
As agências reguladoras serão mais esvaziadas do que já foram, para o
governo PT ter mais controle sobre a vida do País. Também para
"controlar", serão criados os "conselhos" de consulta direta à
população, disfarce de "sovietes" como na Rússia de Stalin.
O inútil Mercosul continuará dominado pela ideologia bolivariana e
"cristiniana". Continuaremos a evitar acordos bilaterais, a não ser com
países irrelevantes (do "terceiro mundo") como tarefa para o emasculado
Itamaraty, hoje controlado pelo assessor internacional de Dilma, Marco
Aurélio Garcia. Ou seja, continuaremos a ser um "anão diplomático"
irrelevante, como muito acertadamente nos apelidou o Ministério do
Exterior de Israel.
Continuaremos a "defender" o Estado Islâmico e outros terroristas do
"terceiro mundo", porque afinal eles são contra os Estados Unidos,
"inimigo principal" dos bolcheviques que amavam o Bush e tratam o grande
Obama como um "neguinho pernóstico".
Os governos estaduais de oposição serão boicotados sistematicamente, receberão poucas verbas, como aconteceu em S. Paulo.
Junto ao "patrimonialismo de Estado", os velhos caciques do
"patrimonialismo privado" ficarão babando de felicidade, como Sarney,
Renan "et caterva" voltarão de mãos dadas com Dilma e sua turminha de
brizolistas e bolcheviques.
Os gastos públicos jamais serão cortados, e aumentarão muito, como já formulou a presidenta.
O Banco Central vai virar um tamborete usado pela Dilma, como ela também já declarou: "Como deixar independente o BC?".
A Inflação vai continuar crescendo, pois eles não ligam para a "inflação neoliberal".
Quanto aos crimes de corrupção e até a morte de Celso Daniel serão
ignorados, pois, como afirma o PT, são "meias-verdades e mentiras, sobre
supostos crimes sem comprovação...".
Em vez de necessárias privatizações ou "concessões", a tendência é de
reestatização do que puderem. A sociedade e os empresários que constroem
o País continuarão a ser olhados como suspeitos.
Manipularão as contas públicas com o descaro de "revolucionários" - em
2015, as contas vão explodir. Mas ela vai nomear outro "pau-mandado"
como o Mantega. Aguardem.
Nenhuma reforma será feita no Estado infestado de petistas, que criarão
normas e macetes para continuar nas boquinhas para sempre.
A reforma da Previdência não existirá, pois, segundo o PT, "ela não é
necessária, pois exageram muito sobre sua crise", não havendo nenhum
"rombo" no orçamento. Só de 52 bilhões.
A Lei de Responsabilidade Fiscal será desmoralizada por medidas
atenuantes - prefeitos e governadores têm direito de gastar mais do que
arrecadam, porque a corrupção não pode ficar à mercê de regras da época
"neoliberal". Da reforma política e tributária ninguém cogita.
Nossa maior doença - o Estado canceroso - será ignorada e terá uma
recaída talvez fatal; mas, se voltar a inflação, tudo bem, pois, segundo
eles, isso não é um grande problema na política de "desenvolvimento".
Certas leis "chatas" serão ignoradas, como a lei que proíbe reforma
agrária em terras invadidas ilegalmente, que já foi esquecida de
propósito.
Aliás, a evidente tolerância com os ataques do MST (o Stedile já
declarou que se Dilma não vencer, "vamos fazer uma guerra") mostra que,
além de financiá-los, este governo quer mantê-los unidos e fiéis, como
uma espécie de "guarda pretoriana", como a guarda revolucionária dos
"aiatolás" do Irã.
A arrogância e cobiça do PT aumentarão. As 30 mil boquinhas de
"militantes" dentro do Estado vão crescer, pois consideram a vitória uma
"tomada de poder". Se Dilma for eleita, teremos um governo de vingança
contra a oposição, que ousou contestá-la. Haverá o triunfo "existencial"
dos comunas livres para agir e, como eles não sabem fazer nada, tudo
farão para avacalhar o sistema capitalista no País, em nome de uma
revolução imaginária. As bestas ficarão inteligentes, os incompetentes
ficarão mais autoconfiantes na fabricação de desastres. Os corruptos da
Petrobrás, do próprio TCU, das inúmeras ONGs falsas vão comemorar.
Ninguém será punido - Joaquim Barbosa foi uma nuvem passageira.
Nesta eleição, não se trata apenas de substituir um nome por outro. Não é
Fla x Flu. Não. O grave é que tramam uma mutação dentro do Estado
democrático. Para isso, topam tudo: calúnias, números mentirosos,
alianças com a direita mais maléfica.
E, claro, eles têm seus exércitos de eleitores: os homens e as mulheres
pobres do País que não puderam estudar, que não leem jornais, que não
sabem nada. Parafraseando alguém (Stalin ou Hitler?) - "que sorte para
os ditadores (ou populistas) que os homens não pensem".
Toda sua propaganda até agora se acomodou à compreensão dos menos
inteligentes: "Quanto maior a mentira, maior é a chance de ela ser
acreditada" - esta é do velho nazista.
O programa do PT é um plano de guerra. Essa gente não larga o osso. Eles
odeiam a democracia e se consideram os "sujeitos", os agentes heroicos
da História. Nós somos, como eles falam, a "massa atrasada".
É isso aí. Tenho vontade de registrar este texto em cartório, para depois mostrar aos eleitores da Dilma. Se ela for eleita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário